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Esporotricose - Infecção Fúngica

Por Tatiane Ferri em 18/02/2025 às 10:02:44

A esporotricose é uma infecção fúngica causada por fungos do gênero Sporothrix, que pode ter origem ambiental (sapronótica) ou animal (zoonótica – Sporothrix brasiliensis), apresentando-se com lesões cutâneas em humanos e animais.


Transmissão

  • Transmissão sapronótica: Ocorre por contato do fungo com a pele ou mucosas por meio de ferimentos abertos, normalmente associados a traumas com material vegetal ou solo contaminado.


  • Transmissão zoonótica: A fonte principal de infecção é o gato doméstico (Felis catus). A transmissão para humanos ocorre principalmente por contato direto com as lesões, arranhaduras ou mordeduras de animais infectados. As lesões surgem como áreas avermelhadas no local do ferimento, podendo ulcerar e se disseminar para outras áreas da pele (lesões linfocutâneas).


Não há evidências de transmissão entre humanos.
A principal forma de contaminação do gato doméstico é através de brigas e traumas com outros gatos contaminados, além disso, o animal também poderá ser infectado através do ambiente contaminado. No animal a doença também apresenta nódulos e úlceras, na forma de lesão única ou múltiplas lesões ulceradas principalmente na região da cabeça, cauda e patas podendo progredir para o restante do corpo.
Cães raramente adoecem, mas pode acontecer pelo contato com gato doente, entretanto dificilmente transmitirá a doença ao homem e a outros animais.



Sintomas

  • Lesões cutâneas, principalmente nas mãos e braços
  • Nódulos na camada mais profunda da pele, seguindo o trajeto do sistema linfático
  • Espalhamento da doença para outros locais do corpo, como ossos e mucosas
  • Disseminação da doença para outros órgãos e/ou sistemas, como pulmão, ossos e fígado


Diagnóstico

  • A esporotricose pode ser diagnosticada por meio de uma correlação entre dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais. A confirmação diagnóstica laboratorial é feita por meio do isolamento do fungo obtido de material de biópsia ou aspirado de lesões.


  • Nos casos mais graves, outras amostras, tais como escarro, sangue, líquido sinovial e líquor podem ser analisadas, de acordo com os órgãos afetados.


Técnicas sorológicas são ferramentas diagnósticas que auxiliam no resultado rápido tanto nos indivíduos que apresentam formas clínicas cutâneas quanto atípicas, inclusive manifestações sistêmicas de esporotricose. O resultado negativo em amostras suspeitas não afasta o diagnóstico.


Tratamento

O tratamento deve ser realizado após a avaliação clínica, com orientação e acompanhamento médico. A duração do tratamento pode variar de três a seis meses, ou mesmo um ano, até a cura do indivíduo. Os antifúngicos utilizados para o tratamento da esporotricose humana são o itraconazol, o iodeto de potássio, a terbinafina e o complexo lipídico de anfotericina B, para as formas graves e disseminadas. O Sistema Único de Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, oferece gratuitamente o itraconazol e o complexo lipídico de anfotericina B para o tratamento da esporotricose humana. Itraconazol oral, Anfotericina B, Posaconazol.

Prevenção

  • Usar luvas, roupas e calçados adequados ao trabalhar no jardim


  • Toda e qualquer manipulação de animais doentes pelos seus donos e veterinários deve ser feita com o uso de equipamentos de proteção individual (EPI). Além disso, animais com suspeita da doença não devem ser abandonados, assim como o animal morto não deve ser jogado no lixo ou enterrado em terrenos baldios, pois isso manterá a contaminação do solo. Recomenda-se a incineração do corpo do animal, de maneira a minimizar a contaminação do meio ambiente e, assim, interromper o ciclo da doença.


Fonte:
*Ministério da Saúde – GOV.br ; *Biblioteca Virtual em Saúde; * Portal Drauzio Varela
Revisão Técnica:? Tatiane Cristina Ferri – Biomédica Responsável pelo Laboratório Labac / Campo Verde-MT

Labac
Casa do Construtor
Unicentral

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