Dois adolescentes foram apreendidos pela Polícia Civil, na tarde desta quarta-feira (10.01), pelo homicídio de um motorista de aplicativo em Rondonópolis. A vítima foi encontrada dentro de seu veículo, em uma rua do bairro Verde Teto, com marcas de arma perfurante.
A equipe da Delegacia de Homicídios de Rondonópolis foi acionada na manhã desta quarta-feira após José Messias Santos Correia, de 48 anos, ser encontrado morto com marcas de arma perfurante. Familiares registraram horas antes um boletim relatando o desaparecimento da vítima, que não foi vista desde a noite anterior.
Durante a realização da perícia no local onde a vítima foi encontrada foram localizadas ferramentas como martelo, alicate, um disco de corte e a ponta de uma faca, esparramados nas proximidades do veículo. A perícia constatou que a vítima foi morta com golpes de faca e marteladas.
Após diversas diligências, os policiais da DHPP localizaram um dos adolescentes, de 17 anos, em uma oficina mecânica no Parque Universitário. Ao avistar a equipe policial, o menor ficou apreensivo e começou a gaguejar. Ao ser entrevistado na presença do pai, ele confessou a morte do motorista de aplicativo, cometida em companhia de sua namorada, uma adolescente de 16 anos.
O menor foi encaminhado à delegacia, acompanhado pelo pai. Os policiais apreenderam na residência dele as roupas usadas durante o crime, que estavam lavadas e escondidas no fundo da casa, e ainda apresentavam manchas de sangue. O adolescente está com cortes de faca nas mãos decorrentes dos golpes contra a vítima.
A adolescente foi localizada no bairro Santa Clara 2 e conduzida à DHPP acompanhada pela mãe. Em conversa com os policiais, ela também confessou a participação no homicídio e disse que jogou o celular da vítima nas proximidades de onde o veículo fora localizado. A menor alegou ainda que teria cometido o ato infracional porque, supostamente, a vítima a teria assediado durante uma corrida no último sábado.
Os dois menores foram autuados em flagrante por ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado cometido por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel.
O delegado João Paulo Praisner encaminhou representação ao Poder Judiciário pela internação do casal de adolescentes, em razão da gravidade do fato.
PJC