Os consumidores mato-grossenses ficaram, em média, 16 horas sem energia elétrica em 2023, segundo levantamento de desempenho das distribuidoras divulgado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) neste mês.
Em Mato Grosso, a concessionária de energia atende mais de 1,5 milhão de unidades consumidoras.
O tempo que, em média, cada unidade consumidora ficou sem energia elétrica é medido pelo índice DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e registrou 16,15 horas no estado. O período é um somatório da interrupção no fornecimento durante o ano.
A média nacional para o índice é 10,43 horas.
Apesar do índice ser mais alto que o nacional, houve uma leve redução da DEC de 2023 no comparativo com 2022, quando registrou 16,72 horas em média.
No DGC (Desempenho Global de Continuidade), a companhia alcançou a 11ª posição no ranking nacional, pontuando 0,70.
Quem sente os impactos diretos das quedas de energia são os consumidores. Como é o caso da Jackeline dos Santos Souza da Cruz, que é moradora de Cuiabá e trabalha em casa. Ela diz que não é comum ficar sem energia, mas a última vez que ocorreu, já neste ano, ela teve prejuízo.
"Esses dias ocorreu queda de energia, só que não precisei ligar na concessionária, porque voltou rápido, porém com essa queda de energia queimou a minha geladeira", relatou ao Primeira Página.
Procurado pela reportagem, Anderson de Morais Rodrigues, gerente de operação da Energisa, informou que a companhia tem trabalhado para melhorar o serviço prestado e já reduziu em 42% a duração de tempo sem energia, desde 2014.
"Já quando a gente fala na quantidade de vezes que o nosso cliente fica sem energia, que seria o indicador FEC, a Energisa já reduziu em 67%", enfatizou Anderson.
Cenário brasileiro
Os consumidores ficaram 10,43 horas, em média, sem energia (DEC) no ano, o que representa uma redução de 6,9% em relação a 2022, quando registrou 11,20 horas em média.
A frequência (FEC) das interrupções se manteve em trajetória decrescente, reduzindo de 5,47 interrupções em 2022 para 5,24 interrupções, em média, por consumidor em 2023, o que significa uma melhora de 4,2% no período.
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