Após ser notificado, Sindipetróleo diz que não tem controle sobre preços

O Procon também enviou um ANP (Agência Nacional de Petróleo) pedindo uma investigação nos postos de combustíveis da capital, com a suspeita de formação de cartel pelos proprietários, na última sexta-feira (12). A reportagem entrou em contato com o órgão e aguarda posicionamento.

Segundo o Sindipretróleo, a variação do preço do etanol nos preços é equivalente à variação nas usinas de Mato Grosso no período de janeiro a abril deste ano, conforme a tabela apresentada abaixo. "O que demonstra com clareza não haver qualquer movimento dos postos que não reflita os aumentos aplicados pelas usinas e distribuidoras", justifica em nota.

"O SINDIPETRÓLEO lembra que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos e o revendedor varejista, elo de ligação com o consumidor final, apenas repassa as variações de preços praticadas pela indústria e distribuidores não sendo o responsável por criar aumentos ou quedas de preços", finaliza a nota.

Notificação do Procon

O Procon de Cuiabá notificou o Sindipetróleo e argumentou que foi identificado o aumento nos preços dos combustíveis nos últimos dias, e que existe a necessidade de apurar se configuraria prática abusiva.

Na notificação enviada ao Sindipetróleo, o Procon requerer junto aos postos sindicalizados, em no máximo 72h, os seguintes relatórios:

1. Relatório com as notas fiscais de aquisições de combustível dos últimos 15 dias a contar da data do documento;
2. Relatório com os preços praticados na venda à vista ao consumidor do litro da gasolina comum, do etanol, do diesel e do diesel S10, no mesmo período do item anterior;
3. Três cópias de documentos fiscais comprovando a venda de cada um dos combustíveis (gasolina, etanol, diesel e diesel S10) nos valores informados, dentro do período solicitado no item n° 1;
4. Esclarecimentos sobre os fatores que motivaram o aumento significativo percebido nos preços dos combustíveis nos últimos dias.