O governador Mauro Mendes (União) disse que os jovens, de 15, 17 e 20 anos, que assassinaram três motoristas de aplicativo em Cuiabá e Várzea Grande, perderam o "medo da Justiça" devido à frouxidão das leis penais.
As leis brasileiras são frouxas e não estão evitando crimes terríveis como esses. É revoltante saber que os assassinos ficarão poucos anos na cadeia
Ele classificou os crimes como "bárbaros" e voltou a pedir que o Congresso Nacional endureça as penalizações.
"Essa semana, mais uma vez, fomos aterrorizados com três crimes bárbaros na Capital. Os criminosos perderam o medo da Justiça. Perderam o medo de assassinar. As leis brasileiras são frouxas e não estão evitando crimes terríveis como esses. É revoltante saber que os assassinos ficarão poucos anos na cadeia", disse.
"Peço sempre atenção dos nossos senadores e deputados para que alterem a legislação e a coloquem à altura dos desafios que estão sendo apresentados para nós", acrescentou.
Mendes, ainda, considerou que a legislação penal é branda com menores de idade acusados de assassinato.
"Esses menores, provavelmente, vão ficar no máximo três anos na cadeia. O cara matar três cidadãos, pais de família que estavam trabalhando como motorista de aplicativo, passar três anos na cadeia e ser solto? Não é sério um país desse", concluiu.
Os crimes
O trio preso por assassinato era composto por Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, e outros dois adolescentes de 15 e 17 anos. Eles foram detidos na noite de segunda-feira (15), no Bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.
Eles assumiram a autoria dos assassinatos de Elizeu Rosa Coelho, 58, Nilson Nogueira, 42, e Márcio Rogério Carneiro, 34.
Conforme a Polícia Civil, os jovens pretendiam roubar os carros dos motoristas, mas após o primeiro assassinato – cometido no dia 11 contra Elizeu – eles desenvolveram uma compulsão por matar e planejaram fazer uma vítima por dia.
O adolescente de 17 anos era o "cabeça" e queria matar o quanto fosse possível para vingar seu irmão, que morreu enquanto cometia um assalto.
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