Carla Fernanda Toloi foi condenada a 25 anos e 11 meses de prisão como coautora do crime de homicídio qualificado contra o esposo dela Edson Vicente da Costa. O amante da mulher, Anderson Fabiano Pereira, foi condenado a uma pena de 20 anos e 4 meses também por participação no crime.
Conforme informações apuradas pela equipe da TV Vale, o julgamento iniciado na manhã de terça-feira (30/04) terminou por volta das 4h30min da madrugada desta quarta-feira (01/05).
Edson Vicente também conhecido como "Edinho" era advogado e foi assassino na noite do dia 06/11/20 na porta da casa dele, em Tangará da Serra-MT.
A viúva Carla e o então amante Anderson foram apontados pela Polícia Civil como autores do homicídio e estavam presos preventivamente. O julgamento foi desaforado da comarca de Tangará da Serra para a comarca de Várzea Grande a pedido da defesa. O Delegado Adil Pinheiro, que presidiu as investigações, foi a primeira testemunha da acusação e relatou aos jurados as provas colhidas que demonstraram a culpa dos investigados.
Após duros embates entre a Promotoria de justiça e as defesas dos acusados, Carla e Anderson foram condenados.
O CRIME
Edson voltava de um evento político de moto quando foi abordado na garagem de casa por um homem armado, que efetuou vários disparos de arma de fogo, atingindo a vítima nos braços, tórax e cabeça.
Apesar do suspeito ter fugido com a moto do servidor, as investigações demonstraram que a intenção não foi um roubo e sim a execução.
Logo após os tiros, a mulher de Edson foi chamada por vizinhos e encontrou a vítima caída na garagem. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Edson trabalhava como funcionário público de carreira do município. Ele também era advogado, militante político e apaixonado por futebol.
INVESTIGAÇÕES
As investigações apontaram que a mulher do servidor e o amante dela simularam um assalto para executá-lo, pois queriam ficar com os bens dele.
O delegado responsável pelas investigações, Adil Pinheiro de Paula, disse que a pressa da esposa em acessar os bens do servidor após a sua morte chamou a atenção dos policiais.
Segundo o delegado, os únicos dois interessados na morte da vítima foram justamente os suspeitos.
Os investigadores apuraram que o casal tinha problemas no casamento, mas não tinham a intenção de se separar para evitar a partilha de bens.
A vítima teria feito dívidas para comprar o carro e a casa, e a mulher estava mantendo um caso extraconjugal e queria que o marido deixasse a residência.
Durante as investigações, segundo a polícia, foram ouvidas diversas testemunhas que apontaram que a vítima não tinha inimigos, no entanto, mantinha um relacionamento conturbado com a mulher.
Portal G1