Mato Grosso registrou oito quedas de aeronaves agrícolas em 2024. Em todo ano de 2023, o estado registrou um total de nove acidentes. Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (SINDAG), mais da metade desses aviões pertencem a produtores rurais.
O estado é destaque no cenário nacional como um dos maiores produtores de grãos e tem a maior frota de aviões agrícolas do país. Ao todo são 600 aeronaves, o que corresponde a mais de 24% da frota nacional.
De acordo com o gestor de segurança, Henrique Barbosa, uma das causas para o aumento da quantidade de acidentes aéreos no estado é a redução das fiscalizações por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), e alerta para o aumento excessivo no tempo de voo para os pilotos.
"O número de horas de voo aumentou e com isso leva o número de acidentes. A aviação agrícola tem uma fiscalização menor comparada a uma aviação de linha aérea ou a uma aviação de táxi aéreo. Isso leva a uma diminuição de alguns requisitos específicos que um piloto tem que cumprir", explica.
Os voos agrícolas são usados para lançar defensivos agrícolas e fertilizantes nas lavouras. O serviço é escolhido pela velocidade e precisão na aplicação dos produtos. Além disso, os produtores preferem os aviões porque as plantas não são esmagadas, nem danificadas.
Em nota, a ANAC afirmou que realiza a fiscalização constante para assegurar os níveis de segurança do setor e que em casos de acidente aéreo, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (CENIPA) realiza uma análise detalhada das causas e apresenta recomendações para que o incidente não torne a acontecer.
O órgão ressaltou ainda, que recebe o relatório e procede com ações para que as recomendações sejam atendidas.
Portal G1