Um alvo da Operação Apito Final, deflagrada em maio deste ano, foi preso em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, nesta quinta-feira (4), por suspeita de envolvimento na lavagem de mais de R$ 65 milhões. Segundo a Polícia Civil, ele é considerado um dos 'braços fortes' de um traficante do estado, que era o alvo principal da investigação que levou à prisão de 20 pessoas, naquele mês.
Conforme as investigações, o homem, que não teve o nome divulgado, era um dos responsáveis pela arrecadação do dinheiro vindo do tráfico, além de fazer a compra e venda de veículos para o grupo criminoso. A maioria dos investigados é desempregado, mas tinham carros de luxo, apartamentos em Cuiabá e até uma casa no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães. Esses bens foram apreendidos durante a operação.
Carros de luxo foram apreendidos durante a operação deflagrada em maio — Foto: Polícia Civil
Segundo a polícia, o suspeito teve o mandado de prisão expedido pelo juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipa) de Cuiabá, ainda em maio e, desde então, estava foragido.
A ordem de prisão contra ele foi cumprida em uma chácara na estrada da Cachoeira Rica, em Chapada dos Guimarães.
Apito final
Material apreendido durante a operação — Foto: Polícia Civil
No dia 2 de maio, 20 pessoas foram presas em Chapada dos Guimarães, São José dos Quatro Marcos e Maceió (AL). À época, a Polícia Civil também cumpriu 29 mandados de busca e apreensão, indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio e 25 contas bancárias.
A investigação teve início quando a polícia descobriu que o responsável pelo tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis, após sair da prisão, assumiu o cargo de tesoureiro de uma facção criminosa e adquiriu uma grande quantidade de propriedades e veículos. Ele utilizava dinheiro que passava por contas bancárias e, em seguida, era convertido em ativos legais para ocultar a origem ilegal desses recursos.
Segundo a polícia, foram identificadas compras de diversos terrenos, casas e apartamentos, muitos localizados em condomínios de classe média na capital. Todos esses bens foram adquiridos em nome de "testas de ferro", mas estavam diretamente ligados ao principal alvo da investigação.
Prisões em Maceió
Quatro alvos da foram presos na em Maceió, no dia 29 de abril, entre eles, o chefe do grupo criminoso, enquanto participavam de um jogo de futebol.
Um quinto alvo da operação, advogado e integrante da organização criminosa, que foi a Alagoas para dar assistência jurídica a seu cliente, também foi preso no dia da operação, em Maceió.
Portal G1