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Operação derruba associação "provedora" de internet para presos

A entidade já havia sido alvo, em 2021, de uma operação da Polícia Federal contra rádio clandestina


A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (31) para apurar o emprego de uma associação, voltada à assistência a presos, que facilitaria o acesso dos reeducandos a serviços de internet.

A investigação apontou que a referida associação está intimamente ligada ao crime organizado

A investigação apura o crime de promoção, constituição, financiamento ou integração de organização criminosa.

Os mandados foram cumpridos pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil de Mato Grosso, e as ordens foram deferidas pelo juiz João Francisco Campos de Almeida, do Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital (Nipo).



A investigação foi instaurada para apurar a atuação de uma associação, com sede no bairro Jardim Industriário. O grupo é composto por mulheres que fazem visitas aos presos - mães, esposas, irmãs, filhas e amigas de reeducandos - principalmente aos ligados a uma facção criminosa com maior incidência no Estado.

Em cumprimento de ordens judiciais de operações anteriores na Penitenciária Central do Estado (PCE), a GCCO apreendeu diversos aparelhos celulares, que estavam conectados a uma rede móvel de internet externa para a comunicação dos presos com o ambiente exterior, permitindo assim, que continuassem agindo com as ordens para atividades criminosas.



Internet e rádio para presos

A mesma associação foi alvo, em 2021, de uma operação da Polícia Federal que fechou uma rádio clandestina que operava no local. Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão de diversos equipamentos eletrônicos utilizados para o funcionamento da rádio.

A investigação da GCCO apontou que, mesmo após o fechamento na época das diligências, a rádio continuou em pleno funcionamento.

A equipe policial apurou que a sintonização da rádio serve como meio de comunicação de "recados" aos presos que se encontram detidos na PCE.

A associação, administrada por A.S.S.F., além das visitas aos detentos nas unidades prisionais, faz o atendimento a familiares dos presos, principalmente de uma facção criminosa. A líder da associação é bastante conhecida nas unidades penais da capital.

"A investigação apontou que a referida associação está intimamente ligada ao crime organizado, especialmente uma determinada organização criminosa, com aparato para atender as "ordens" da facção e amparando seus familiares", pontuou o delegado responsável pela investigação, Rafael Scatolon.

O cumprimento das buscas nesta quarta-feira contou com apoio de equipe do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros da capital.


MídiaNews

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