O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) revelou na terça-feira (6) que o valor de R$ 4 mil pago por seu ex-genro, Romero Xavier, para assassinar sua filha, a empresária Raquel Maziero Cattani Xavier, tinha saído de seu bolso, após um acerto entre eles.
Eu tinha um acerto para fazer com ele, em dinheiro, e eu fiz no mesmo dia. Esse acerto era de R$ 4 mil, de uma cerca que ele tinha feito para mimRaquel foi morta com 34 facadas por Rodrigo Xavier, irmão de Romero, no dia 19 de julho, em sua casa, no assentamento Pontal do Marape, em Nova Mutum (237 km a norte de Cuiabá). "Eu tinha um acerto para fazer com ele [Romero], em dinheiro, e eu fiz no mesmo dia [do assassinato]. Esse acerto era de R$ 4 mil, de uma cerca que ele tinha feito para mim", disse Cattani durante entrevista no Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real. "Depois, eu soube pela Polícia que o acerto com o irmão dele era de R$ 4 mil. Ou seja, pegou meu dinheiro para mandar, encomendar o assassinato da minha filha. Eu não tenho palavras para descrever uma pessoa como essa, que eu nem considero como pessoa". Conforme a investigação da Polícia Civil, após ser preso em sua quitinete, Rodrigo confessou em oitiva que teria recebido esse valor do irmão, Romero, para matar a ex-cunhada. Com esse dinheiro, ainda segundo o depoimento de Rodrigo, ele deu entrada em um carro para ele e comprou uma bicicleta para sua filha. "Eu sempre disse isso. Uma pessoa que faz uma coisa dessa não é uma pessoa, é um animal e tem que ser tratado como tal. Tanto quem fez como quem encomendou", disse Cattani. Cattani aproveitou para falar também sobre o momento em que Romero foi preso em sua casa. Segundo ele, foi necessária muita paciência e sabedoria para conseguir conviver com o ex-genro debaixo de seu teto, enquanto aguardava a ação da Polícia. "Muitas pessoas estão falando na mídia que ele estava na minha casa. Sim. E eu agradeço a Deus por ter me dado paciência, por ter me dado sabedoria, para manter sempre contato com a Polícia Civil e com os delegados do caso". "Mostrando a eles que ele estava comigo e, se porventura fosse ele, eles pudessem fazer exatamente o que fizeram. Então, foram quatro dias aí com o maior sofrimento que um ser humano pode passar, mas sempre na esperança de que nós poderíamos chegar ao autor". O crime Produtora rural e proprietária de uma queijaria, Raquel era mãe de um casal de filhos e morava em um assentamento no Pontal do Marape, em Nova Mutum. Ela estava em processo de separação com o ex-marido, que inclusive já havia se mudado para Lucas do Rio Verde. Conforme a Polícia, Romero, entretanto, não aceitava o divórcio e planejou com o irmão, Rodrigo Xavier, o assassinato da ex-esposa. No dia 19 de julho, Romero teria deixado Rodrigo na propriedade de Raquel, e o criminoso invadiu a casa após arrombar a janela do quarto dos filhos dela. Quando a empresária chegou em seu imóvel, ela foi esfaqueada 34 vezes por Rodrigo, e morreu ainda na residência. O corpo dela foi encontrado na manhã do dia seguinte, por seus pais. Romero foi preso no dia 24, em Nova Mutum, na casa do deputado Cattani, no mesmo dia em que Rodrigo, que foi preso em sua quitinete, em Lucas do Rio Verde. | |
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