Imagens de uma câmera de segurança mostram o suspeito de matar o advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, em julho deste ano, em uma moto, na Avenida Couto Magalhães, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, durante a fuga, 14 minutos após o crime.
Nery foi baleado em frente ao escritório em que trabalhava na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá. O profissional foi socorrido com marcas de tiros, sendo um deles na cabeça, mas morreu no hospital.
Segundo a Polícia Civil, com as imagens registradas logo após o crime, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) conseguiu traçar a rota de fuga do suspeito e a estatura dele, o que permitiu descartar a participação de outras pessoas investigadas.
"Ele [suspeito] rodou cerca de 25 km em 25 minutos. Ele estava todo camuflado, com uma moto sem placa, então a fuga para ele foi mais fácil", disse o delegado Bruno Abreu.
Apesar das pistas identificadas, o mandante e executor do crime ainda não foram localizados pela polícia, mas o delegado acredita que isso deve acontecer nos próximos dias.
Operação
No dia 30 de julho, a Polícia Civil cumpriu três mandados de busca e apreensão contra investigados pela morte do advogado.
A polícia informou que, durante o cumprimento de um dos mandados, um dos investigados resistiu à entrada da equipe e negou a entrega das armas de fogo, afirmando que as escondeu.
Local do crime foi isolado para perícia — Foto: Sofia Pontes/g1
Ainda de acordo com a polícia, o material apreendido passará por análise, e as investigações continuam para esclarecer quem cometeu o crime.
Renato foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB, na gestão 1989 – 1991.
Relembre o caso
Renato foi baleado quando chegava no escritório dele. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão. (assista acima)
O delegado Bruno Abreu Magalhães disse que a perícia colheu informações no escritório da vítima e analisou imagens para tentar identificar o atirador. O celular de Renato também foi apreendido.
"É um caso de execução. Esse executor já estava esperando a vítima. Ele [advogado] sai do carro e quando chega próximo ao escritório é atingido", disse o delegado.
O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens.
Portal G1