Fábio Junior Ferreira Mendes, de 35 anos, assassino confesso de sua companheira, Vanuza de Souza, de 40 anos, teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva após audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (21). Fábio, que matou Vanuza com dois tiros de espingarda na cabeça, no município de Matupá, chegou em um bar dizendo em voz alta que havia acabo de "matar uma piriguete". Vítima e suspeito estavam juntos há um ano e se desentenderam durante uma confraternização.
A descrição está presente na decisão judicial expedida no fim da tarde desta segunda-feira, 21 de outubro, pelo juiz Marcelo Ferreira Botelho, que determinou a prisão preventiva do suspeito. Em depoimento, um colega de Fábio contou sobre o desentendimento do casal durante a confraternização e que Vanuza pediu para ele a levar de volta para casa.
Sem saber das intenções homicidas do marido, a mulher entrou no carro da testemunha e, ao chegar na frente de casa, viu Fábio armado com a escopeta. O homem foi até o veículo da testemunha e atirou duas vezes em Vanuza, mesmo com a testemunha implorando para que ele não matasse a mulher.
A família da testemunha estava no carro no momento dos tiros e correu com medo do atirador. Fábio ordenou que a testemunha dirigisse até uma fazenda e de lá, ordenou que a testemunha saísse do carro, pois ele ia usar o veículo para fugir.
NO BAR
Outra testemunha ouvida pela Justiça foi o dono do bar onde Fábio foi após o crime. O homem relatou que viu Fábio chegar animado, dizendo que o "Rei do Cabaré chegou" e que ele iria ficar de boa e apenas beberia. Ao pedir a primeira cerveja, Fábio contou que havia "matado uma piriguete". O dono do estabelecimento alega que ignorou a declaração e, após alguns minutos, Fábio contou que não tinha dinheiro para pagar o consumo e ofereceu sua espingarda como pagamento.
O dono do bar alega que negou a posse da arma e nesse momento a Polícia chegou. Fábio se escondeu embaixo de uma mesa de sinuca, mas foi preso em flagrante e levado à delegacia.
Fábio está preso no Centro de Detenção Provisória de Peixoto de Azevedo e deve ser transferido para uma penitenciária onde permanecerá preso aguardando os próximos passos da Justiça.
EstadãoMT