Um documento de 63 páginas elaborado pelo Ministério da Defesa foi entregue na tarde desta quarta-feira (9) ao Tribunal Superior Eleitoral e traz uma análise minuciosa feita pelas Forças Armadas sobre as eleições realizadas este ano no país. O relatório, que era aguardado inclusive pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), não aponta qualquer indício de fraudes no resultado e chegou à mesma contagem de votos do TSE.
Com isso, ficou atestado que o boletim que a urna imprimiu registrando os votos dados ao final da votação confere com o resultado da totalização divulgada pelo tribunal. Em nota, o TSE agradeceu o envio do documento e destacou justamente que o trabalho dos militares não aponta qualquer fraude ocorrida na eleição.
"TSE informa que recebeu com satisfação o relatório final do Ministério da Defesa, que não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência no processo eleitoral de 2022. As sugestões encaminhadas para aperfeiçoamento do sistema serão oportunamente analisadas. O TSE reafirma que as urnas eletrônicas são motivo de orgulho nacional, e as Eleições de 2022 comprovam a eficácia, lisura e total transparência da apuração e totalização dos votos", diz a nota do tribunal.
O documento traz análises sobre o código fonte, assinatura digital e lacração do sistema, além disso, as Forças Armadas também acompanharam as cerimônias de geração de mídias e de preparação de urnas, assim como a verificação dos sistemas eleitorais instalados no TSE e de zerésima do sistema de totalização.
Na conclusão do relatório destaca que o trabalho realizado pela Equipe das Forças Armadas de Fiscalização e Auditoria do Sistema Eletrônico de Votação (Efasev) se restringe à fiscalização do SEV, não compreendendo outras atividades, como, por exemplo, a manifestação acerca de eventuais indícios de crime eleitoral.
"O SEV é complexo e composto por várias soluções de hardware e de software que têm sido aprimoradas com o passar dos anos. Neste escopo, a análise e o acompanhamento das etapas previstas nas normas do TSE trazem uma oportunidade de fiscalizar o processo por entidades externas. Entretanto, apesar da intenção de conferir transparência ao processo, as ferramentas e os procedimentos disponibilizados pela equipe técnica do TSE para o trabalho das entidades fiscalizadoras não foram suficientes para uma análise técnica mais completa", traz trecho do relatório.