"Acho que, como houve um compromisso dos dois candidatos ao PalĂĄcio do Planalto, Lula e [Jair] Bolsonaro em relação a manter o Bolsa FamĂlia em R$ 600, e o presidente Lula foi além, com os R$ 150 por filho, e tem outras questões, eu acho que em torno de R$ 170, R$ 175 bilhões o valor dessa PEC, se não houver emenda ou coisa parecida", disse Aziz. O parlamentar informou que a conta inclui o aumento real (acima da inflação) para o salĂĄrio mĂnimo no próximo ano.
De acordo com o parlamentar, o objetivo é retirar todo o programa social do teto federal de gastos. "A PEC deve garantir o Bolsa FamĂlia todo", disse Costa. Ele, no entanto, não esclareceu se a diferença entre os R$ 150 bilhões e os 170 bilhões viria do aumento do salĂĄrio mĂnimo acima da inflação.
Caso a PEC retire todo o programa social do teto de gastos, sairão do teto de gastos R$ 105 bilhões previstos no Orçamento de 2023 para manter o valor médio de R$ 405 para o atual AuxĂlio Brasil. O restante virĂĄ da elevação do valor mĂnimo para R$ 600, para o pagamento do adicional de R$ 150 para famĂlias com crianças de até 6 anos e para um eventual reajuste real do salĂĄrio mĂnimo.
A opção por encaminhar uma PEC para retirar o Bolsa FamĂlia do teto de gastos e liberar dinheiro para saĂșde, educação e obras pĂșblicas foi confirmada no fim da manhã pelo lĂder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG). Ele deu a informação após acompanhar a reunião entre Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira.
"O caminho: o presidente Lula tem preferĂȘncia pela PEC. E agora [o vice-presidente eleito] Geraldo Alckmin e [o ex-ministro AloĂzio] Mercadante, e nós juntos, vamos construir uma próxima reunião para a gente apresentar e detalhar o texto da PEC", disse Lopes a jornalistas após o encontro, que ocorreu na residĂȘncia oficial do presidente da Câmara. A outra opção seria a edição de uma medida provisória com créditos extraordinĂĄrios (fora do teto de gastos), mas a alternativa enfrenta incertezas jurĂdicas.
Fonte: AgĂȘncia Brasil