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Ministério da Defesa diz que relatório não exclui possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas

Nota foi emitida nesta quinta-feira (10)

Por José Costa em 10/11/2022 às 14:53:01

O Ministério da Defesa emitiu nota, nesta quinta-feira (10), na qual afirma que embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existĂȘncia de fraude ou inconsistĂȘncia nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022. A declaração, segundo o próprio conteĂșdo, foi feita com o objetivo de evitar distorções do teor do relatório enviado nessa quarta (9) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


Confira a publicação realizada no twiter do Ministério da Defesa clicando aqui!



A nota reforça que o relatório indicou aspectos que demandam esclarecimentos, entre eles que "houve possĂ­vel risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas devido à ocorrĂȘncia de acesso dos computadores à rede do TSE durante a compilação do código-fonte".

Além disso, menciona também que os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influĂȘncia de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação.

Por fim, ressalta que houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, o que teria inviabilizado o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação.

Por estes e outros apontamentos, o Ministério da Defesa destaca que não é possĂ­vel assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento, motivo pelo qual solicitou ao TSE a realização de uma investigação técnica, por meio da criação de uma comissão, sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma anĂĄlise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas.


Confira abaixo a nota na Ă­ntegra:

Com a finalidade de evitar distorções do conteĂșdo do relatório enviado, ontem (9.11), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Ministério da Defesa esclarece que o acurado trabalho da equipe de técnicos militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existĂȘncia de fraude ou inconsistĂȘncia nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022. Ademais, o relatório indicou importantes aspectos que demandam esclarecimentos. Entre eles:

- houve possĂ­vel risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas devido à ocorrĂȘncia de acesso dos computadores à rede do TSE durante a compilação do código-fonte;

- os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influĂȘncia de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação; e

- houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação.

Em consequĂȘncia dessas constatações e de outros óbices elencados no relatório, não é possĂ­vel assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento.

Por isso, o Ministério da Defesa solicitou ao TSE, com urgĂȘncia, a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma anĂĄlise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão especĂ­fica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras.

Por fim, o Ministério da Defesa reafirma o compromisso permanente da Pasta e das Forças Armadas com o Povo brasileiro, a democracia, a liberdade, a defesa da PĂĄtria e a garantia dos Poderes Constitucionais, da lei e da ordem.

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