Produtores de soja convencional em Mato Grosso já começam a planejar a safra 2024/23. A boa produtividade nas últimas temporadas e prêmios remuneradores são vistos com otimismo pelos agricultores do estado no nicho de soja não-transgênica.
Mato Grosso semeou na safra 2022/23 cerca de 500 mil hectares de soja convencional. Um incremento de 34,6% em comparação ao ciclo passado.
Pesquisador da Embrapa e diretor técnico do Instituto Soja Livre (ISL), Odilon Lemos, pontua que programas de melhoramento genéticos tanto da entidade de pesquisa quanto de outras empresas trabalham para levar ao produtor opções de sementes que se enquadram em seu planejamento, região e clima.
Lemos acredita que a safra soja convencional 2023/24 será atrativa se os prêmios continuarem sendo remuneradores.
"O mercado tende a se movimentar para negócios mais concretos e os produtores de sementes também se balizam pela demanda dos agricultores conforme os prêmios vão se definindo para o próximo ciclo", diz o diretor técnico do ISL
Presidente da Fundação Cerrados e conselheiro fiscal do ISL, Luiz Fioreze, alerta que o produtor rural que deseja cultivar soja não-transgênica na safra 2023/24 deve começar o seu planejamento e garantir as sementes agora. Segundo ele, há grande demanda por grãos GMO-free (não transgênicos).
"São novas variedades para 2023/24 com ciclos variando entre 95 e 112 dias em Mato Grosso e produtividade excelente. O prêmio está competitivo, é interessante que o produtor rural faça contas para ter maior rentabilidade", pontua Fioreze.
De acordo com o diretor técnico do ISL, Odilon Lemos, na safra 2022/23 diversas variedades estão passando pelo crivo do produtor rural pela primeira vez em escala comercial. A expectativa é que no próximo ciclo elas estejam em maior volume no mercado.
"São variedades bem completas em produtividades, tolerância a doenças e nematoides", destaca Lemos.