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Em Cuiabá

Abilio dá prazo de 24 horas para que coleta de lixo seja restabelecida em Cuiabá

Caso não seja regularizada, o prefeito informou que a prefeitura deve buscar outros meios para garantir a limpeza urbana.


O prefeito Abilio Brunini (PL), estabeleceu o prazo de 24 horas para a empresa Locar Saneamento Ambiental, restabelecer a coleta de lixo doméstico em Cuiabá. A decisão foi determinada nesta sexta-feira (3) após reunião entre secretários do Governo, presidente e o gerente operacional da empresa terceirizada, responsável pela coleta de lixo na capital.

Segundo Abilio, a coleta será normalizada entre hoje e sábado (4), e caso não seja regularizada, a prefeitura deve buscar outros meios para garantir a limpeza urbana.



"A empresa deixou claro que vai retomar a coleta e os pagamentos serão feitos dentro do prazo estabelecido no contrato com regularidade e transparência. Se a interrupção da coleta de lixo voltar a acontecer, vamos buscar medidas mais duras", declarou.

Na reunião, Abilio mencionou uma dívida de R$ 40 milhões referente a um contrato anterior da empresa, que deve ser enviada à Procuradoria Geral do município para judicialização. No entanto, para que o serviço seja retomado imediatamente, um novo contrato foi firmado há 30 dias, mesmo com a pendência.



Coleta de lixo

A empresa Locar Saneamento Ambiental venceu a licitação e é responsável pela coleta de lixo em Cuiabá, por mais 12 meses, desde o dia 4 de dezembro deste ano, data em que o contrato anterior é encerrado.

Paralisações e outros problemas

Em julho deste ano, os trabalhadores da coleta de lixo fizeram uma manifestação pontual no Ministério Público do Trabalho (MPT) e paralisaram o serviço em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital, devido às condições de trabalho.

A categoria reivindicava:

  • Aumento do piso salarial de R$ 1.423,00 para R$ 1.750,00
  • Pagamento do FGTS;
  • Melhoria da frota;
  • Pagamento do benefício vale alimentação;
  • Fornecimento imediato de uniformes;
  • Mudança na carga horária.

Na época, a empresa Locar Saneamento Ambiental Ltda informou que havia fechado um acordo com a mediação do Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso, de reajuste salarial de 7,70%, e renda mensal de R$ 3.240,00 para os trabalhadores.

O Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Urbana (Sindilimp-MT), através de mediação do MPT, aceitou um acordo proposto pela Locar que concedia:

  • reajuste de 7,7% nos salários, vale-alimentação de R$ 840;
  • criação de vale gás de R$ 80;
  • reajuste da gratificação de assiduidade para R$ 236.

Porém, dois dias depois, o sindicato realizou assembleia e rejeitou as propostas que tinham sido negociadas, comunicando ainda a interrupção das negociações de forma unilateral.

Em setembro, a Justiça de Mato Grosso manteve a decisão da desembargadora Adenir Carruesco, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), de proibir que os trabalhadores paralisem a coleta de lixo em Cuiabá devido ao prejuízo causado à população.

Em nota, a Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb), disse que elaborou um plano para solucionar os atrasos na coleta na cidade, em parceria com a Locar. Na estratégia, a promessa era de que seria incluso o aumento de 21% no número de caminhões por turno e um mutirão no fim de semana.

Portal G1

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