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Casos de Câncer

Agência dos EUA proíbe corante vermelho eritrosina em alimentos

Na decisão, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) citou estudos que associam o corante a casos de câncer em camundongos. Aditivo é utilizado em bebidas, doces, balas, bolos e cerejas em conserva.


A FDA, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos, proibiu nesta quarta-feira (15) a eritrosina, um corante vermelho encontrado em alimentos.

Utilizado em bebidas, doces, balas, bolos e cerejas em conserva, ele será removido da lista de aditivos aprovados pela agência.

A decisão ocorre quase 35 anos após sua proibição em cosméticos, devido a estudos que ligam o corante a casos de câncer em camundongos.



Grupos de defesa do consumidor no país e alguns legisladores pressionavam há anos por sua retirada do mercado americano, citando riscos à saúde. No estado da Califórnia, o corante já estava proibido desde 2023.

"A FDA está tomando medidas que removerão a autorização para o uso do corante vermelho n.º 3 [como também é chamado o aditivo] em alimentos e medicamentos ingeridos", disse Jim Jones, vice-comissário da FDA para alimentos humanos.

Ainda de acordo com a decisão, as empresas norte-americanas têm até janeiro de 2027 para reformular seus produtos, enquanto fabricantes de suplementos alimentares terão um ano extra.



Entenda o que é o corante

A eritrosina, aprovada em 1907 nos EUA, é um aditivo feito a partir de petróleo. Seu nome vem do latim "eritro", que significa vermelho.

Na década de 1980, estudos já indicavam que altas doses do corante causavam tumores em ratos devido a um mecanismo hormonal específico desses animais, o que levou ao atual banimento no país.

Sua coloração varia do rosa ao vermelho e pode gerar outras tonalidades quando combinada com outros aditivos.

O corante já está proibido ou restrito em países como Austrália, Japão e membros da União Europeia. Algumas empresas americanas também já começaram a retirá-lo de seus produtos.

No Brasil, a substância é encontrada em rótulos de alimentos como confeitos granulados, balas, gelatinas, cerejas em calda, entre outros.

Ainda segundo a FDA, nos EUA, o corante não é tão amplamente utilizado em alimentos e medicamentos quando comparado a outros corantes autorizados.

Sede da Food and Drug Administration (FDA), agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, em White Oak, no estado norte-americano de Maryland. — Foto: REUTERS/Andrew Kelly/File Photo

Isto é, a sua presença é bem mais restrita em alguns produtos, de acordo com informações de bancos de dados de rotulagem de alimentos, sites de fabricantes e outros dados públicos.

Apesar disso, no país a eritrosina vinha sendo bastante utilizada em produtos como balas, doces, bolos, biscoitos, sobremesas congeladas e coberturas, além de alguns medicamentos.

Na decisão, a FDA esclareceu ainda que os níveis de exposição ao corante em pessoas são muito mais baixos do que os que causaram os efeitos nos camundongos.

Isso quer dizer que os resultados encontrados nos estudos com animais não se aplicam às pessoas. Além disso, estudos feitos com outros animais e com seres humanos não mostraram os mesmos efeitos adversos da substância.

Portal G1

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