Oliveira falou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF. Segundo o ex-secretário, esse reforço estava previsto no Planejamento de Ação Integrada, concluído na sexta-feira anterior ao dia do ataque.
O ex-secretário executivo disse que até as 13h20 [do domingo], quando saiu o último informe da [área de] inteligência, a informação era de que o clima estava “tranquilo” e que nada o fazia desacreditar da PM.
Oliveira disse ainda que não foi apresentado ao governador Ibaneis Rocha e aos chefes das forças de segurança, mesmo após ser nomeado. Segundo ele, o último contato que teve com Anderson Torres foi na segunda-feira, dia 9 de janeiro, à noite, depois dos atos de vandalismo.
"Ele fez uma ligação, no final do dia, questionando e perguntando qual o erro da operação, [perguntando] porque a PM não tinha executado o plano. Eu respondi: 'eu não tenho acesso, a PM não me mandou, não me apresentou o plano de operações'. Posteriormente, no relatório do interventor, ficou constatado que sequer existia plano. Foi essa a conversa rápida. Depois, eu não tive mais nenhum contato com o secretário Anderson", disse Oliveira.
O ex-secretário executivo chefiava a pasta no dia 8 de janeiro, já que o então titular da SSP Anderson Torres estava nos Estados Unidos, no dia dos ataques.
A ex-subsecretária de inteligência da pasta Marília Ferreira Alencar também seria ouvida hoje, mas seu depoimento foi transferido para a semana que vem.
Outras seis pessoas devem ser ouvidas em março pela CPI. No dia 9, está prevista a oitiva do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres.
Da Rádio Nacional em Brasília, Gabriel Brum