O técnico de informática Antônio Aluízio da Conceição Marciano, de 20 anos, pode pegar ser condenado a 40 anos de prisão por ter sido indiciado pelo crime de feminicídio majorado.
Ele matou com mais de 15 facadas a ex-namorada, Emily Bispo da Cruz, de 20 anos, em frente ao filho dela, de apenas 4, o que agrava e aumenta consideravelmente a pena do agressor pelo crime cometido.
"Ele está na cadeia e vai responder pelo crime. Vai pegar de 18 a 40 anos [de condenação]. Um crime de feminicídio praticado na frente de um filho tem a pena aumentada de um terço até a metade, então a pena normal é de 12 a 30 anos e acrescenta um terço", explicou o delegado Hércules Gonçalves Batista, da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa.
Segundo o delegado, diante da qualificadora de feminicídio majorado, a pena irá variar entre 18 e 40 anos de reclusão, ao invés de 12 a 30.
Conforme a legislação, a pena do feminicídio é aumentada quando o crime for praticado durante a gestação ou nos três meses posteriores ao parto; contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos ou com deficiência e ainda na presença de descendente ou de ascendente da vítima, como no caso de Emily.
Antônio premeditou o crime e emboscou a vítima em uma rua do Bairro Pedra 90, em Cuiabá, quando ela levava o menino à creche.
A cena registrada pela câmera de segurança é assustadoramente violenta e mostra que o filho da vítima não largou a mão da mãe até os primeiros golpes de faca serem desferidos.
O delegado Hércules classificou Antônio como "frio, insensível e sem arrependimento". Segundo ele, a barbaridade do crime chocou não só a população, mas também os investigadores, que ficaram estarrecidos com a violência.
"Isso provocou uma revolta muito grande, legítima. Crime deixou os investigadores estarrecidos", pontuou.
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