O conflito militar, que, neste sábado (20/3), completou 24 dias, colocou o mercado internacional de grãos sob forte incerteza. Ucrânia e Rússia respondem por cerca de 30% das exportações mundiais de trigo. Na bolsa de Chicago, principal referência para a formação do preço internacional, as cotações dispararam, com o cereal chegando a superar os US$ 11 por bushel.
A incerteza em relação à capacidade de produção e exportação dos grãos pela região do Mar Negro devem manter a volatilidade do mercado. Nesta sexta-feira (19/3), os principais contratos na bolsa americana recuaram, com os operadores do mercado ainda acompanhando o andamento das negociações entre autoridades russas e ucranianas para encerrar o conflito.
No entanto, pelo menos até o mês de setembro, os preços se mantêm acima dos US$ 10 por bushel. O trigo para entrega em maio de 2022 caiu US$ 0,34, fechando a US$ 10,36 o bushel. O vencimento de julho caiu US$ 0,31, ajustando para US$ 10,44. Setembro ajustou pata US$ 10,05 (-US$ 0,25) e dezembro a US$ 9,65 (-US$ 0,20).
O milho, que também tem nos ucranianos importantes fornecedores mundiais, acompanhou o movimento na sexta-feira (19/3) nos contratos de prazo mais curto. Maio de 2022 ajustou para US$ 7,41 o bushel (-US$ 0,12), julho de 2022 fechou a US$ 7,12 (-US$ 0,06) e o contrato para setembro de 2022 encerrou a sessão cotado a US$ 6,64 (-US$ 0,02).
Já o contrato com vencimento em dezembro deste ano fechou em alta de US$ 0,04, fechando a US$ 6,45, movimento acompanhado pelos contratos de prazo mais longo na bolsa de Chicago.