A Polícia Civil intensificou as diligências em busca do corpo do jovem Pablo Ronaldo Coelho dos Santos, que desapareceu em abril, na cidade de Nova Ubiratã, no norte de Mato Grosso. Nesta quinta-feira (18), novas buscas pelo corpo da vítima foram realizadas em uma área no município de Nova Ubiratã, com auxílio da cadela farejadora Maya, do Corpo de Bombeiros.
"Todos os envolvidos já estão identificados e a Polícia Civil está representando pelas prisões", explicou o delegado Bruno França.
O crime é investigado pela delegacia de Nova Ubiratã e diversas diligências foram realizadas para localizar o corpo, desde o desaparecimento da vítima, no mês de abril, e identificar os responsáveis pelos crimes, que foi cometido a mando de uma facção criminosa. Um adulto foi preso e um adolescente apreendido em flagrante no início da investigação. Um terceiro morreu em confronto com os policiais durante as buscas pela vítima.
Investigação
Pablo veio do interior de São Paulo e estava na cidade a trabalho. No dia 19 de abril, ele e um colega foram sequestrados quando estavam em um bar na cidade. As vítimas foram levadas a uma casa, onde foram torturadas por membros de uma facção criminosa.
Em diligências realizadas em conjunto pelas equipes da Delegacia de Nova Ubiratã e da PM do município para apurar a ocorrência, os policiais localizaram uma das vítimas, no dia 21 de abril, que conseguiu fugir do veículo em que era levada pelos criminosos para uma área afastada da cidade.
A partir das informações relatadas pela vítima, os policiais localizaram a residência onde os dois amigos foram torturados. No local foram encontrados documentos das duas vítimas e um suspeito foi preso. O criminoso contou que Pablo e o colega foram agredidos fisicamente e, no dia seguinte, levados a um local afastado da cidade, na rodovia MT-242. No trajeto, uma vítima conseguiu escapar do veículo.
Na continuidade das diligências na área onde Pablo teria sido deixado, os policiais localizaram outro suspeito, que reagiu à abordagem das equipes e acabou ferido, indo a óbito no hospital da cidade.
O delegado Bruno França instaurou dois inquéritos policiais, um em elação à vítima sobrevivente, que foi concluído. O outro inquérito, que investiga a tortura, homicídio e ocultação de cadáver de Pablo Ronaldo, está em andamento.