Ópera Auto da Compadecida é baseada em livro homônimo de Ariano Suassuna Divulgação
Ariano Vilar Suassuna nasceu em João Pessoa, em de 16 de junho de 1927 e morreu em Recife, no dia 23 de julho de 2014. Foi um intelectual, escritor, teórico da arte, dramaturgo, romancista, ensaísta, poeta, artista plástico, professor, advogado e palestrante brasileiro.
Idealizador do Movimento Armorial e autor de obras como Auto da Compadecida (1955) e Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971), Suassuna foi um incansável defensor da cultura do Nordeste do Brasil e um dos maiores expoentes da literatura brasileira.
Em 2012, foi indicado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal como representante do Brasil na disputa pelo Prêmio Nobel de Literatura.
Turnê
A turnê do Auto da Compadecida, a ópera começa hoje, no Theatro da Paz, em Belém (PA). Amanhã (24) haverá uma segunda apresentação no mesmo local. Os ingressos já estão esgotados para as apresentações na capital paraense.
A ópera tem música original do compositor Tim Rescala, que assina o libreto com o maestro Rodrigo Toffolo, também responsável pela concepção e direção musical do espetáculo. Para o maestro, o desafio de adaptar o texto de Suassuna, que já teve inúmeras montagens no teatro, foi quase um presente.
"Foi uma felicidade muito grande a gente ter tido essa oportunidade. Foi um aprendizado poder trabalhar e adaptar o texto para ópera, para dar uma vida, uma energia diferente para uma obra brasileira e tão nossa".
Esta é a segunda temporada da ópera, que vai em seguida para Belo Horizonte, nos dias 13 e 14 de junho, com apresentações no Palácio das Artes e ingressos a preços de R$ 40 e R$ 80. Em seguida, o espetáculo chega ao Teatro Amazonas, em Manaus, nos dias 24 e 25 de junho, com ingressos entre R$ 25 e R$ 80.
A turnê termina no Rio de Janeiro, no dia 15 de julho, com uma super montagem gratuita no Posto 2 da Praia de Copacabana, zona sul da capital fluminense, às 17h30.
Ópera terá uma apresentação gratuita no Rio de Janeiro, em julho - Divulgação
Orquestra
No ano de 2000, o músico Rufo Herrera e o produtor Ronaldo Toffolo, associados a um grupo de instrumentistas que integravam o grupo Trilos e o Quarteto Ouro Preto, criaram a Orquestra Experimental da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), hoje Orquestra Ouro Preto. O diretor artístico e regente titular é o maestro Rodrigo Toffolo.
A atuação da OOP é marcada pelo experimentalismo e ineditismo. O grupo já se apresentou nas principais capitais do país e no exterior, com presença de grande público em apresentações na Inglaterra, Portugal, Espanha, Argentina e Bolívia.