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Serra do Espinhaço

Sempre-vivas: Minas reconhece agricultura tradicional como patrimônio

O sistema agrícola adotado por povos tradicionais que geram renda através da coleta das flores sempre-vivas na Serra do Espinhaço, em Minas Gerais, foi reconhecido nesta terça-feira (13) como patrimônio cultural imaterial do estado.


Sistema agrícola adotado na Serra do Espinhaço é reconhecido como patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais (Acervo Lepha)

A transumância - característica do modo de vida dessas populações - envolve o movimento de grupos familiares da parte baixo da Serra do Espinhaço, onde se concentram as residências e suas produções agrícolas, para a parte alta, onde passam a viver em lapas e em ranchos durante a fase de manejo da flora nativa. Esse deslocamento periódico, feito em diferentes elevações que vão de 600 a 1.400 metros de altitude, é definido com base no conhecimento acumulado sobre o meio ambiente.

A concessão do título de patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais foi aprovada durante reunião ordinária do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep).

Em nota divulgada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), a presidente do órgão, Marília Palhares, destaca que o reconhecimento contribui para a preservação dos saberes. "São sábios, pois são várias comunidades que trabalham diretamente com seus territórios, o cuidado com os animais, o respeito às estações do ano, mudam a transumância e não utilizam produtos químicos", finaliza.

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