Em seu discurso, Doyle destacou a importância da mídia, em especial das emissoras públicas, para fortalecer o papel dos países do bloco no cenário internacional. "Acreditamos que este evento é importante para ampliar a voz dos países do Brics, contribuindo para a construção de uma sociedade global, plural e cosmopolita, em que a paz e a cooperação permaneçam sempre como seu principal objetivo. Um amplo diálogo sobre o papel da mídia é condição necessária para construir esse futuro", apontou.
Doyle explicou aos participantes qual é o papel da EBC e seus veículos no campo público e na comunicação governamental brasileira e ressaltou o interesse em estabelecer novas parcerias e intercâmbio de conteúdos. O objetivo, segundo ele, é diversificar a programação e as fontes de notícia dos veículos da EBC."A troca de conteúdos, produções e notícias entre a EBC e as emissoras públicas de todo o mundo resultará no aprofundamento do conhecimento mútuo de nossas histórias, realidades, culturas, manifestações artísticas e nossos povos. A volta do Brasil ao cenário internacional significa que queremos cooperar com outras nações em diversas áreas e também na comunicação", afirmou.
O Brics é o bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O encontro anual que reúne a cúpula de chefes de Estado tem início na próxima terça-feira (22), também em Joanesburgo.
A viagem à África do Sul faz parte da estratégia de expansão de parcerias e inserção internacional da EBC e de seus veículos. A agenda inclui ainda um encontro com dirigentes da South África Broadcasting Company (SABC), para dar início às negociações para um acordo de intercâmbio de conteúdos. A EBC já tem acordo de cooperação com a agência chinesa Xinhua, representada no Fórum por seu presidente, Fu Hua.
Desde o início do ano, já foram assinados acordos de cooperação com mídias públicas da China, Portugal e Argentina. Em setembro, está previsto mais um acordo com veículos públicos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Nos planos, está também a volta da TV Brasil Internacional e ampliação da capacidade de transmissão da Rádio Nacional, para todos os continentes.