Motoristas da empresa de transporte coletivo Caribus entraram em greve, na manhã desta segunda-feira (6), como forma de protesto, devido ao atraso de salários e benefícios. A empresa presta serviço na região do Centro Político Administrativo (CPA), Pedra 90 e Osmar Cabral, em Cuiabá.
Usuários que dependem das linhas administradas pela empresa na capital formaram grandes filas nos pontos de parada devido à falta do transporte.
A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) informou, em nota, que o motivo do descontentamento dos funcionários é com a empresa e não com a prefeitura. O órgão disse que não aceitará que haja prejuízo aos usuários e que vai buscar o restabelecimento dos serviços prestados à população o mais rápido possível.
Em nota, a empresa Caribus informou que o atraso no pagamento dos benefícios está diretamente relacionado à falta de repasses adequados por parte da Prefeitura de Cuiabá e que a administração municipal possui obrigações contratuais relacionadas a esses repasses. Segundo a empresa, a equipe está tentando um diálogo com a administração municipal e outras autoridades para resolver esse impasse financeiro por meio de negociações.
"Pedimos desculpas à população de Cuiabá pelo transtorno causado pela falta de transporte público neste 6 de novembro. Reconhecemos justa a paralisação e estamos fazendo esforços para encontrar uma solução. A Caribus reconhece a legítima insatisfação dos funcionários e esclarece que o atraso no pagamento dos benefícios está diretamente relacionado à falta de repasses adequados por parte da Prefeitura de Cuiabá", diz.
O presidente do sindicato da baixada cuiabana, Edval Luiz, disse que todos os ônibus da empresa estão parados e sem previsão de retorno.
"Vem acontecendo constantemente nessa empresa atrasos de benefícios e salários. O sindicato já notificou a empresa e a gente não vai aceitar mais essa situação. Hoje, em forma de protesto, a empresa amanheceu parada e estamos aguardando uma posição da diretoria para quitar essa situação com os trabalhadores", disse.
De acordo com o Sindicato, os motoristas só retornarão ao trabalho quando os valores forem pagos.