Os líderes da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) e do Mossad de Israel se reuniram ontem em Doha com o primeiro-ministro do Catar para discutir novo cessar-fogo que dure mais do que alguns dias.
Os negociadores do Catar se reuniram com autoridades do Hamas antes do encontro, para avaliar a disposição em concordar com os novos parâmetros. O resultado da discussão entre o Catar e o Hamas não ficou claro.O diretor da CIA, William Burns, esteve em Doha "para reuniões sobre o conflito Israel-Hamas, incluindo discussões sobre reféns", disse uma autoridade dos EUA.
Burns, David Barnea, chefe do serviço de inteligência israelense Mossad, e o primeiro-ministro do Catar, Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani, reuniram-se com autoridades egípcias. Encontro ocorreu um dia depois que o Catar anunciou a prorrogação do acordo de trégua de quatro dias em Gaza, que terminaria na noite de segunda-feira (27).
O Catar, onde vários líderes políticos do Hamas estão baseados, tem liderado as negociações entre o grupo militante palestino e Israel.
A pausa trouxe a primeira trégua para a Faixa de Gaza em sete semanas. Nesse período, Israel bombardeou fortemente o território em resposta a um violento ataque em 7 de outubro, por homens armados do Hamas, que matou cerca de 1.200 pessoas e fez 240 reféns.
Israel prometeu acabar com o Hamas, que governa Gaza. Autoridades de saúde em Gaza afirmam que o bombardeio israelense no pequeno território densamente povoado já matou mais de 15 mil pessoas, cerca de 40% delas crianças.
Barnea e Burns estiveram anteriormente no Catar para se encontrar com o xeque Mohammed em 9 de novembro.
Durante os primeiros quatro dias da trégua, os combatentes do Hamas libertaram 50 mulheres e crianças israelenses que haviam sido feitas reféns. Em troca, Israel libertou 150 detentos de suas prisões, todos mulheres e adolescentes.
Como parte da ampliação de dois dias da trégua, o Hamas concordou em libertar mais dez mulheres e crianças israelenses por dia.
Até o momento, não há indícios de que o Hamas esteja disposto a libertar qualquer homem ou militar israelense entre os capturados.
*Com informações da Reuters