Quatro suspeitos foram indiciados pela Polícia Civil, após sequestrarem Altair Almeida Pereira, de 18 anos, em frente a casa da tia dele, no Bairro Jardim Petrópolis, em Nobres, a 151 km de Cuiabá. O inquérito policial foi concluído, nesta sexta-feira (8), e eles foram indiciadas por sequestro, homicídio, ocultação de cadáver, corrupção de menores e organização criminosa. Porém, Altair ainda não foi encontrado.
De acordo com a Polícia Civil, entre os integrantes do grupo responsável pelo sequestro e desaparecimento de Altair, está uma adolescente de 16 anos e outros quatro suspeitos, sendo um deles um primo da vítima, responsável por facilitar o encontro dos criminosos com o jovem e leva-lo até um veículo.
Um dos outros três envolvidos foi apontado como um dos mandantes do crime e os outros dois tiveram participação direta na execução da ação. Segundo as investigações, os suspeitos sequestraram a vítima para forçá-la a indicar o esconderijo de integrantes de uma facção rival, já que o jovem estaria colaborando com a outra organização criminosa.
Danilo Melquiades de Campos e Mateus Siqueira Cardoso são procurados pela Polícia Civil — Foto: Polícia Civil
Todos os suspeitos tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça e um deles já estava preso por outro crime ocorrido em Cuiabá. A adolescente envolvida também foi apreendida e está internada provisoriamente no Centro de Ressocialização da capital.
Outros dois indiciados ainda não foram encontrados pela polícia. Eles foram identificados como Danilo Melquiades de Campos e Mateus Siqueira Cardoso.
O inquérito será encaminhado ao Poder Judiciário em Nobres, onde ficará à disposição do Ministério Público a quem caberá a análise e possível oferecimento de denúncia contra os investigados.
Altair está desaparecido desde a última sexta-feira (2), quando foi sequestrado em frente a casa da tia. À Polícia Militar, a mãe do jovem, Cristina Almeida, contou que o filho havia acabado de chegar em frente à casa, quando um carro parou, e um dos ocupantes, com uma arma, desceu e obrigou ele a entrar no veículo.
Segundo Cristina, o filho trabalha em uma mecânica e, durante o dia, relatou ao primo que sentia que estava sendo seguido.
"Ele comentou que estava sentindo o dia inteiro que alguém estava seguindo ele. Quando ele foi ao trabalho, quando foi almoçar, ele sentiu que tinha um carro, de cor prata, seguindo ele", disse.
Cristina afirmou que a família está desesperada sem notícias do jovem. "Quero que Altair seja encontrado para que, se estiver morto, a gente faça um enterro digno, se estiver vivo, seja devolvido à família, principalmente para mim e para minha mãe, pois estamos desoladas, sem notícia", ressaltou.
Fonte: Portal G1