A população pode denunciar suspeitas de produtos irregulares pelo canal Fala.BR.
Uma operação conjunta entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e as Polícias Civil do Rio de Janeiro e Militar de São Paulo desarticulou um esquema milionário de fraude em azeite de oliva.
A Operação Getsêmani, deflagrada na quarta-feira (6) e finalizada nesta sexta-feira (8), resultou na apreensão de mais de 100 mil litros de produtos adulterados e na prisão de dois suspeitos.
A investigação revelou que empresas importavam azeite de oliva de forma regular, mas o adulteravam com óleo de soja em uma fábrica clandestina em Saquarema (RJ).
O produto fraudado era então rotulado e vendido como azeite extravirgem em supermercados e distribuidoras de todo o Brasil.
Apreensões e prejuízo
No galpão clandestino em Saquarema, foram encontrados 60.600 litros de azeite extravirgem e 37.500 litros de óleo de soja, suficientes para produzir 196 mil garrafas de azeite fraudado. Além disso, foram apreendidos rótulos, garrafas e equipamentos utilizados na adulteração.
Em São Paulo, Recife e Natal, a operação apreendeu mais de 42 mil unidades de azeite suspeito em depósitos e estabelecimentos varejistas. O prejuízo total aos infratores é estimado em R$ 8,1 milhões.
Riscos à saúde e denúncias
O Mapa alerta que o consumo de azeite adulterado pode ser prejudicial à saúde. As amostras dos produtos apreendidos serão analisadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) para verificar a presença de substâncias nocivas.
A população pode denunciar suspeitas de produtos irregulares pelo canal Fala.BR.
Operação Getsêmani
O nome da operação faz referência ao jardim no Monte das Oliveiras, em Jerusalém, onde Jesus Cristo orou antes de ser traído.
A ação foi realizada na Semana Santa para evitar que o azeite fraudado fosse consumido pela população.
A relação das marcas dos produtos apreendidos só será divulgada após o término do processo administrativo.
Dicas para evitar comprar azeite de oliva adulterado
Fonte: Agora MT