Nas investigações, foram identificados indícios de irregularidades na aplicação dos recursos destinados à revitalização da Orla do Rio Garças, da Praça Domingos Mariano (Beira Rio), e a revitalização e ampliação do Porto do Baé.
Os investigadores identificaram transações financeiras suspeitas envolvendo conta pessoal de um servidor público municipal com empresas, e seus representantes legais, que possuíam contratos com a prefeitura.
O montante movimentado pelo servidor era incompatível com a sua remuneração, fato que chamou a atenção dos investigadores. Ele teria movimentado mais de R$ 3 milhões, sendo que recebe apenas um salĂĄrio mínimo.
O esquema de corrupção teria atuação desde a elaboração dos projetos, a realização das licitações e execução das obras.
Segundo a investigação, os procedimentos licitatórios teriam sido direcionados para beneficiarem determinadas empresas, as quais não teriam condições técnicas de executar o contrato, sendo contempladas, inclusive, empresas não ligadas à ĂĄrea de construção de obras, além de utilização de empresas de fachada para forjar competividade.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Barra do Garça e são cumpridos nas cidades de Barra do Garças, Pontal do Araguaia, CuiabĂĄ, Aragarças (GO), Porangatu (GO) e Jussara (GO). A ação conta com o efetivo de 111 policiais federais.
Nome da operação
A Caliandra é uma flor típica do Cerrado, e o nome da operação é uma alusão ao fato de uma das empresas contratadas para a execução da Orla de Barra do Garças ser uma floricultura em atividade para comércio varejista de plantas e flores naturais.