A presidente do Sindicato dos Motoristas de Aplicativo de Cuiabá, Solange Menacho, afirmou que os trabalhadores estão com medo de atuar no Estado após os três assassinatos que ocorreram em Várzea Grande.
Elizeu Rosa Coelho, Nilson Nogueira e Márcio Rogério Carneiro foram sequestrados e mortos com requintes de crueldade. Os corpos foram encontrados na segunda e terça-feira (16).
Os assassinos disseram à Polícia que planejavam matar um motorista de aplicativo por dia.
"Não existe horário para Uber, mas o maior fluxo é na madrugada. A gente já vem sofrendo isso não é de hoje, mas não com tanta brutalidade. A categoria precisa trabalhar, por mais que tenhamos medo, temos que levar o sustento para casa", afirmou ela à imprensa.
Solange se reuniu com o presidente Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), na quarta-feira (17), para reivindicar mais segurança à categoria.
Durante a sessão o deputado apresentou um projeto de lei que propõe a obrigatoriedade para que as empresas de aplicativo de transporte forneçam um "Botão do Pânico" aos motoristas. A medida já funciona no Rio de Janeiro.
A presidente do sindicato vai se encontrar com o secretário de Estado de Segurança Pública, César Augusto Roveri, nesta quinta-feira (18) para reforçar o pedido.
"A gente vai pedir por mais segurança. Tem estados que já têm botão do pânico há seis meses e tem dado muito certo, abaixou em média 40% dos assaltos. Estamos querendo trazer para Mato Grosso, Cuiabá e implantar isso", afirmou.
Sequestro e mortes
As vítimas desapareceram na última semana enquanto trabalhavam. Segundo relatos dos criminosos, Elizeu foi morto no dia 11, Nilson no dia 13 e Márcio no último domingo (14).
Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, e outros dois adolescentes de 17 e 15 anos foram detidos na noite de segunda-feira (15), no Bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.
Segundo o delegado, os executores seriam Lucas e o adolescente de 17 anos. O outro menor de idade, conforme investigado, atuava como motorista nos crimes.
A Polícia Civil revelou que dois dos três detidos por envolvimento nos homicídios disseram que desenvolveram "prazer e compulsão" por matar.
Fonte: MídiaNews