O padre identificado como Roberto, que estava na casa que foi invadida por uma família e deixou dois idosos mortos a tiros, nesse domingo (21), em Peixoto de Azevedo, 692 km de Cuiabá, disse que o relógio ricocheteou a bala que foi atirada nele durante a invasão dos três suspeitos.
"Não sei que rixa eles tinham. Escapei mesmo, primeira pela mão de Deus. Depois eu me joguei atrás do sofá e a bala passou ainda por dois sofás e pegou na minha mão. Eu jogado no chão já, ela ricocheteou no relógio, se não teria me matado. Ele deu mais um tiro e caíram os vidros todos nas minhas costas, eu acho que ele pensou que eu tinha morrido já. O senhorzinho que estava do meu lado morreu já, infelizmente", descreve em um áudio encaminhado a um amigo.
O padre, que atua em Peixoto, foi encaminhado para fazer uma cirurgia em Sinop, nesta segunda-feira (22).
Quem são os envolvidos
Os suspeitos foragidos são: Ines Gemilaki, de 48 anos, Marcio Ferreira Gonçalves, 45, e Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28. Eles são apontados como responsáveis pelas mortes das vítimas identificadas por Pilson Pereira da Silva, de 69 anos, e Rui Luiz Bogo, 81.
Segundo informações da Polícia Civil, Ines é esposa de Marcos e mãe do Bruno. Nas imagens a mulher e o filho são vistos na casa armados. Ines, de blusa azul, está com uma pistola e Bruno, de branco, está com uma espingarda calibre 12.
Conforme a delegada responsável pelo caso, Anna Marien, Ines é pecuarista na região e Bruno é médico e atende em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Peixoto.