Em entrevista a Natuza Nery, o meteorologista da Climatempo Cesar Soares explica por que a região Sul do país corre mais risco de sofrer com novos eventos climáticos extremos.
Ao menos 32 pessoas morreram e mais de 15 mil precisaram deixar suas casas depois que mais uma catástrofe climática devastou o Rio Grande do Sul. Mais de 154 cidades foram afetadas pelas chuvas que atingem o estado desde segunda-feira (29).
Oito meses atrás, as chuvas intensas causaram a morte de mais de 50 pessoas nas cidades no Vale do Taquari, no interior do Rio Grande do Sul. Agora, o governo diz que o temporal é "o maior desastre do estado".
Em entrevista a Natuza Nery, o meteorologista da Climatempo Cesar Soares explica por que a região Sul do país corre mais risco de sofrer com novos eventos climáticos extremos.
"A gente tá, neste exato momento, com uma frente fria que está canalizando muitas áreas de instabilidade, e provocando uma chuva contínua" explica. "O que resta para essa frente fria é provocar cada vez mais chuva, trazendo essa condição de persistência."
Vítor Rosa, repórter da RBS cita algumas das medidas que foram tomadas após a catástrofe climática no Vale do Taquari, mas alerta para a falta de uma comunicação efetiva das autoridades locais.
"As pessoas não sabem o que precisam fazer. A gente acaba tendo noção da gravidade quando as autoridades vão a público falar, mas às vezes já é tarde demais", diz. "Para onde a pessoa vai? Qual é o abrigo? Qual é o lugar mais seguro? As pessoas não sabem."
Fonte: EstadãoMT