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Fogo no Camelô

Presidente do Shopping Popular admite que decisão de não contratar seguro foi sua

Cerca de 600 lojistas perderam tudo no incêndio, que ocorreu na madrugada de segunda-feira


O presidente da Associação de Camelôs do Shopping Popular, Misael Galvão, admitiu nesta quarta-feira (17) que a decisão de não contratar seguro para o centro comercial foi dele, sem passar por assembleia de lojistas.

Eu não cheguei a ter reunião de diretoria para decidir se iríamos fazer ou não, até porque não tínhamos nenhum orçamento

Ele se justificou dizendo que as propostas que chegaram de empresas seguradoras não agradaram a diretoria.

Como o Shopping Popular é um condomínio, muitas das decisões devem ser tomadas em assembleia.

Misael, que é ex-vereador por Cuiabá, disse que não havia ao menos orçamento sobre a contratação, porque nenhuma empresa teria se habilitado a fazer a cobertura do imóvel e dos produtos dos cerca de 600 comerciantes.

"Isso não cabe em um processo de assembleia, se cabe em um processo administrativo. É um processo que a associação tem a prerrogativa, o gestor tem a prerrogativa. A gente não tem o que esconder porque a diretoria se reúne constantemente", disse ele.



"Tá certo que eu não cheguei a ter nenhuma reunião de diretoria para decidir se iríamos fazer ou não, até porque não tínhamos nenhum orçamento. E nenhuma seguradora que tivesse validado o interesse de fazer a cobertura no geral", acrescentou.

Questionado se a decisão não teria sido uma irresponsabilidade, Misael disse que não.

O presidente também foi perguntado sobre se algum dia orientou os lojistas a contratarem o seguro individualmente. Ele respondeu que não, dizendo que a associação não interfere na vida pessoal dos comerciantes.

"A minha luta nunca foi uma luta individual. Eu nunca lutei por paredes, querer o seguro de uma parede, construção. Para mim, só serviria um seguro que abrangesse toda a categoria, todas as empresas, além da estrutura, também a vida comercial dos associados".



Apesar de o seguro poder auxiliar, ao menos, na construção do centro comercial, Misael reafirmou que não seria o seu "desejo" fazer seguro "das paredes".

Ele revelou que tentou por algumas vezes fazer tratativas com o Sicoob (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil), mas não deu prosseguimento.

"Eu já vinha tendo várias conversas, inclusive até com o próprio Sicoob, que é o banco que está dentro do Shopping Popular, que é parceiro nosso. Mas, para mim, eu não gostaria de ter um seguro só das paredes".

Por fim, Misael insistiu que, após o centro comercial ser reaberto, ele continuará buscando um seguro que faça cobertura geral do shopping.

O incêndio

O centro comercial, localizado no Bairro Dom Aquino, em Cuiabá, foi consumido por um incêndio na madrugada de segunda-feira (15), e teve perda total. Mais de 600 lojistas perderam seus comércios.

Ainda não há confirmação sobre o que pode ter ocorrido para desencadear o incêndio, mas a Polícia Civil trabalha com a tese de que houve falha no sistema elétrico do estabelecimento.

Câmeras internas do shopping registraram um intenso acúmulo de fumaça por volta das 2h26. Entretanto, os bombeiros foram acionados 20 minutos depois. Devido à alta combustibilidade das mercadorias e também da estrutura do edifício, as chamas alastraram rapidamente no imóvel.

O caso ainda é investigado.


MídiaNews

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