Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Em Rondonópolis

TCE pune empresa e isenta prefeitura em caso de respiradores falsificados


O Tribunal de Contas do Estado (TCE) decidiu por condenar a empresa Life Med Comércio de Produtos Hospitalares e Medicamentos a restituir R$ 4,1 milhões aos cofres da prefeitura de Rondonópolis e isentou o prefeito José Carlos do Pátio e outros servidores municipais de qualquer irregularidade administrativa na aquisição de respiradores falsificados. O caso aconteceu em abril de 2020, período da pandemia da Covid-19, quando a prefeitura adquiriu 22 respiradores para ajudar a amenizar os efeitos da doença na população, mas ao receber os equipamentos, foi constatado que se tratava de aparelhos falsificados

A decisão foi tomada pelo conselheiro de contas Valter Albano, que desempatou a votação na ação que tratava do caso, e ele condenou a empresa Life Med a ressarcir os cofres públicos do Município em R$ 4.136.000, valor que cobrou da prefeitura pelos aparelhos falsificados, e que não houve participação de servidores públicos na fraude, votando pela regularidade das contas municipais.


[banner_de_paragrafo_1]


"Em face da observação das leis cabíveis no período pandêmico no exercício de 2020, afastando todas as irregularidades imputadas aos agentes e servidores públicos, eximindo-os de responsabilização e de sanção", escreveu em trecho de sua decisão.

Albano ainda votou pela declaração de inidoneidade da empresa, que fica impedida de realizar negócios com órgãos públicos pelo período de dois anos e determinou que cópia da decisão do TCE seja encaminhada ao Ministério Público Estadual.


[banner_de_paragrafo_2]


Entenda melhor

Em abril de 2020, período em que o mundo enfrentava a pandemia da Covid-19, a prefeitura de Rondonópolis adquiriu sem licitação 22 respiradores mecânicos que serviriam para ajudar a salvar vidas na situação de emergência de saúde, pagando antecipadamente por eles e se dispondo a ir busca-los em Goiânia (GO), mas os aparelhos entregues eram falsos.

A compra dos equipamentos foi questionado por conta de uma suspeita de prática de sobrepreço e por terem sido pagos antecipadamente e com dispensa de licitação, mas o TCE entendeu que as leis permitiam esse tipo de aquisição no período da pandemia e que não houve "dolo ou culpa" participação do prefeito ou de outros servidores públicos na fraude.

O dono da empresa, Ramos de Farias e Silva Filho, foi preso e posteriormente condenado a 8 anos de prisão, enquanto o representante da empresa Jesus de Oliveira Vieira de Souza, foi condenado a 2 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de estelionato e lavagem de capitais.

Agora MT

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!