Foram cumpridas, até o momento, 18 prisões por mandados e outras sete em flagrante, além de 25 mandados de busca e apreensão. Os alvos são investigados por tráfico e associação para o tráfico.
A investigação teve início a partir da prisão do principal alvo, que foi detido em flagrante, em dezembro do ano passado, com uma mochila onde foram encontradas porções de drogas já embaladas para venda, máquina de cartão e dinheiro.
Indícios apurados apontaram que T.R.C,. de 21 anos, vinha atuando sistematicamente venda de drogas na cidade, com o envolvimento de um grupo que faz a distribuição e comércio.
No decorrer das diligências, a equipe policial identificou outros 20 suspeitos que participavam do grupo do comércio ilícito, feito basicamente por aplicativos de mensagens, onde eram definidas a compra e venda e toda a movimentação das quantidades, valores, tipo de pagamento e quem comprava.
Além do grupo ligado diretamente ao tráfico de entorpecentes, a investigação apurou o envolvimento de quatro mulheres, que emprestaram contas bancárias para as transações financeiras.
Histórico criminal
Todos os investigados têm registros criminais. Um deles, V.G.C., de 22 anos, foi alvo da Operação Mensageiros, em 2023, e preso em flagrante por tráfico e posse ilegal de arma de fogo.
Colocado em liberdade com monitoramento por tornozeleira, ele continuou na atividade ilícita. Em dezembro do ano passado, combinou um encontro com o principal alvo da operação, T.R.C., para buscar a "mercadoria".
O delegado Rodolpho Bandeira ressaltou que o grupo utilizou técnicas de comércio eletrônico para movimentar a atividade criminosa e conduzir as operações.
"A investigação apurou que o tráfico de drogas funciona de maneira similar ao comércio legítimo, com transações regulares, logística e comunicação contínua entre os envolvidos, para facilitar e esconder atividades criminosas. Os aplicativos de mensagens são usados para facilitar a venda de drogas, coordenação de entregas e pagamento", assinala o delegado da Derf de Primavera do Leste.
Nome da operação
O nome da operação, E-commerce, destaca a evolução das técnicas de tráfico de drogas, que se aproveita das tecnologias digitais para operar. Ao fazer uma analogia com o e-commerce legítimo, o nome sugere que o tráfico é organizado e operado de maneira sofisticada e empresarial.
"A operação tem foco na análise das transações e comunicações digitais, com o objetivo de desmantelar essa rede de tráfico de drogas que opera de maneira semelhante a um comércio eletrônico", apontou o delegado Honório Neto.
Fonte: PJC