Durante o ato de convenção do Partido Liberal para apoiar a candidatura de Abilio Brunini (PL) à Prefeitura de Cuiabá, ocorrido na noite dessa segunda-feira (5), no Cenarium Rural, o deputado estadual Gilberto Cattani desabafou sobre o processo de luto que vem vivendo após o assassinato brutal de sua filha, Raquel Cattani, em 18 de julho. Em meio às palavras embargadas pela dor da perda, o parlamentar disse que não está conseguindo passar por esse momento, que está apenas "vivendo".
"Eu não tô conseguindo. Isso a gente não passa, isso a gente vive. É uma coisa terrível, não quero isso nem pro meu pior inimigo. Ela se foi. A nossa filha nos deixou, mas nós ainda temos dois netinhos, somos responsáveis por eles e vamos dedicar a nossa vida para que eles possam receber todo carinho que ela recebeu de nós também", comentou.
Em entrevista dada à imprensa, Cattani comentou sobre a surpresa e a decepção de ter descoberto que o assassinato de Raquel, de apenas 26 anos, foi planejado e premeditado pelo ex-genro, Romero Xavier, e executado pelo irmão dele, que era ex-cunhado da empresária, Rodrigo Xavier. No momento, os assassinos estão cumprindo a prisão preventiva.
"Para esses criminosos eu não quero passar mensagem nenhuma, esses vagabundos. Um cara desse é um animal, ele não pode ser considerado um ser humano. Eu gostaria de passar uma mensagem para as pessoas que ficam nesse mundo e sentem dores como nós sentimos, que realmente cuidem daquilo que é mais valioso para nós, que são nosso filhos, a nossa família", finalizou Cattani.
O crime
Raquel Maziero Cattani foi brutalmente assassinada pelo ex-cunhado, Rodrigo Xavier, a mando do ex-marido, Romero Xavier, no dia 18 de julho, na propriedade rural onde morava, no assentamento Pontal do Marape, próximo ao município de Nova Mutum (a 242 km de Cuiabá). O corpo da produtora rural foi encontrado pelo próprio pai, o deputado estadual Gilberto Cattani.
Segundo o inquérito finalizado pela Polícia Judiciária Civil (PJC), Raquel foi morta com 34 facadas. No dia do crime, as equipes policiais identificaram que o assassino havia quebrado uma televisão para simular um latrocínio (roubo seguido de morte). Ele também teria roubado a moto e o celular da empresária e levado alguns pertences dela.
Fonte: RepórterMT