A GerĂȘncia de Combate ao Crime Organizado (GCCO) entregou nesta sexta-feira (23.08), em CuiabĂĄ, 51 cestas bĂĄsicas de alimentos e produtos de limpeza apreendidas durante a Operação Assintonia, realizada em junho deste ano.
Os produtos foram entregues, com autorização judicial, à Associação Mato-grossense de Deficientes e à Fundação Abrigo Bom Jesus, ambas com sede em CuiabĂĄ.
As 51 cestas, com alimentos não perecíveis e produtos e limpeza, foram apreendidas em uma residĂȘncia no bairro Dr. FĂĄbio 2, onde foram cumpridos mandados de busca e de prisão. Uma mulher de 35 anos, alvo da operação, foi presa na ocasião.
A Operação Assintonia foi deflagrada em 26 de junho pela GCCO e Delegacia de Tapurah, para cumprimento de 72 ordens judiciais contra um grupo criminoso envolvido no comércio de drogas e de armas e lavagem de dinheiro na região Médio Norte do Estado.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Anderson Clayton Batista, da 5ÂȘ Vara Criminal de Sinop, especializada no combate ao crime organizado.
Um dos alvos da operação é um dos principais líderes de uma facção criminosa na região e, atualmente, estĂĄ detido na PenitenciĂĄria Central do Estado (PCE).
O criminoso tem diversos registros por atuação no comércio de drogas e de armas de fogo, além de ordenar roubos e assassinatos em série.
As ordens para os roubos e homicídios, assim como a negociação das armas de fogo, ocorriam de dentro do presídio, por meio de mensagens e ligações celulares. O investigado tem influĂȘncia no grupo criminoso e na liderança exercida sobre os "soldados da sua tropa", que atuam especialmente nas cidades de Tapurah, ItanhangĂĄ, Ipiranga do Norte e Sorriso. Ele ainda impunha taxas a empresas da região como forma de suposta proteção a crimes patrimoniais.
Assistencialismo
Uma das estratégias usadas pelo grupo investigado na Operação Assintonia é o assistencialismo praticado, especialmente, com a organização de festas, financiamento de times de futebol amador e distribuição de cestas bĂĄsicas.
Com a técnica, o grupo criminoso, se aproveitando da vulnerabilidade econômica e social, busca cooptar o cidadão, que em troca dos benefícios fica à mercĂȘ do crime organizado, deixando de denunciar crimes e não colaborando com investigações.
Fonte: PJC