A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (11) um projeto de lei que aumenta a pena para feminicídio e para crimes cometidos contra a mulher.
A matéria prevĂȘ que condenados por assassinato contra mulheres motivado por violĂȘncia doméstica ou discriminação de gĂȘnero terĂĄ pena mínima de 20 anos, e mĂĄxima de 40 anos.
Atualmente, a lei prevĂȘ que o feminicídio deve ser punido com prisão de 12 a 30 anos. O projeto segue para sanção presidencial.
Nos casos de réus primĂĄrios, a pena serĂĄ reduzida a 55%, mas o projeto impede que o autor do crime fique em liberdade condicional.
O projeto coloca o feminicídio como um crime autônomo ao homicídio. Segundo a relatora, deputada Gisela Simona (União-MT), "a classificação do feminicídio como circunstância qualificadora do homicídio dificulta sua identificação".
"Em muitas situações, a falta de formação adequada ou de protocolos claros pode levar as autoridades a classificar o crime simplesmente como homicídio, mesmo quando a conduta é praticada contra a mulher por razões da condição do sexo feminino", apontou.
O projeto também aumenta a pena para violĂȘncia doméstica, que hoje é de prisão por trĂȘs meses a trĂȘs anos, para dois a cinco anos.
No caso de violĂȘncia doméstica contra a mulher, a lei atual prevĂȘ reclusão de 1 a 4 anos, e passarĂĄ a ser, se a lei for sancionada, de 2 a 5 anos.
O projeto também prevĂȘ aplicação do dobro da pena para crimes cometidos contra a mulher pela razão de ela ser mulher.
Fonte: Portal G1