“Temos um passivo grande de infraestrutura e de logística. As equipes de saúde acabam atendendo, muitas vezes, em espaços improvisados. A falta de infraestrutura afeta a qualidade do serviço ofertado. Muitos territórios não têm acesso à água, saneamento, energia, internet”, disse o secretário, ao participar de seminário online promovido pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz).
A médica e pesquisadora Ana Lúcia Pontes, que coordena as ações humanitárias para os Yanomami no Ministério da Saúde, lembrou que a tragédia sanitária vivida por esse povo é antiga e foi agravada nos últimos anos. “Antes da pandemia de covid-19, a situação das crianças Yanomami já era particularmente grave, com desnutrição e taxa de mortalidade infantil muito alta”, disse Ana Lúcia. "Entre 2018 e 2022, ocorreram 505 mortes de menores de um ano com desnutrição, doenças diarreicas, malária.”