"Corre o risco de faltar água". Este foi o alerta feito pelo diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Saneamento Ambiental em Mato Grosso, Roberto Fernandes. Ele esteve na manhã desta quinta-feira (31) na Câmara de Vereadores da Capital acompanhando os trabalhadores da unidade da Águas Cuiabá do bairro Carumbé que reivindicam a volta do pagamento do adicional de insalubridade que lhes foi retirado.
De acordo com Roberto Fernandes, 120 colaboradores da Águas Cuiabá estão de braços cruzados reivindicando a volta do pagamento salarial. Estes trabalhadores atuam como auxiliares encanadores e na manutenção da rede de esgoto da Capital. Eles alegam que no fim deste mês a concessionária deixou de pagar o adicional de insalubridade no valor de R$ 528, o que vai contra a lei trabalhista.
Outra reclamação dos trabalhadores é que a unidade do Carumbé não possui um local adequado para que os funcionários lavem as roupas utilizadas durante o serviço. Com isso, os trabalhadores são obrigados a levar as roupas para casa e lavar no próprio domicílio, o que é um risco para a família do colaborador, haja vista que as roupas sempre estão suja de produtos químicos e patógenos biológicos altamente nocivos à saúde.
"A empresa correu atrás de empresas pra lavar o uniforme do colaborador, mas nenhuma aceitou porque tem patógenos que podem contaminar o espaço delas, aí o colaborador leva pra casa, lava a roupa na sua máquina de lavar e acaba contaminando a sua família", reclama Rober Fernandes.
Já o representante do movimento, o trabalhador da Águas Cuiabá Eduardo Alves, diz que eles sabem da necessidade que a população tem de receber os serviços de qualidade, mas diz que essa manifestação é para valorizar os trabalhadores que merecem ter o adicional de insalubridade adicionado no seu holerite.
"Muitos desses colaboradores são auxiliares encanadores, eles ganham R$ 1.400. Se você tira a insalubridade, que é R$ 528, é um prejuízo grande. A manutenção de rede da Águas Cuiabá está parada por causa dessa insensibilidade da empresa", diz Eduardo.
Fonte: Leia Agora