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Policial penal é afastado por bater em preso acusado de chacina em bar onde 7 pessoas morreram em MT

Em nota, a Sesp informou que investiga a conduta do agente e que repudia qualquer tipo de violência que configure abuso de autoridade nas unidades prisionais do estado.

Por Redação Play MT em 04/09/2023 às 14:30:42

Um policial penal foi afastado, na sexta-feira (1Âș), por ter batido no preso Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, na PenitenciĂĄria Central do Estado (PCE), em CuiabĂĄ. O reeducando estĂĄ detido desde que se entregou à polĂ­cia por ter matado sete pessoas em um bar depois que perdeu uma aposta de jogo de sinuca em Sinop, ao norte do estado.

A Secretaria de Segurança PĂșblica (Sesp) informou, em nota, que investiga a conduta do agente e que repudia qualquer tipo de violĂȘncia que configure abuso de autoridade nas unidades prisionais do estado.

Além disso, a Sesp disse que orientou Edgar para registrar a denĂșncia no âmbito da PolĂ­cia Civil. A pasta não deu detalhes do que pode ter motivado a agressão.

Na semana passada, a juĂ­za da 1ÂȘ Vara Criminal de Sinop, Rosângela Zacarkim dos Santos, decidiu que ele deve passar por jĂșri popular para responder pela chacina cometida em fevereiro deste ano. A data do julgamento não foi divulgada.


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A chacina

Segundo informações preliminares, o homem teria atirado contra os amigos com uma espingarda — Foto: Anderson Hentges

Segundo informações preliminares, o homem teria atirado contra os amigos com uma espingarda — Foto: Anderson Hentges

Edgar e Ezequias mataram sete pessoas após perderem cerca de R$ 4 mil em uma aposta de sinuca. Um vĂ­deo registrado pelas câmeras de segurança do bar mostrou o momento em que um dos homens, com uma pistola, pede para que as algumas das vĂ­timas fiquem de costas, viradas para a parede.

Enquanto isso, um outro homem pega uma espingarda calibre 12 mm na caminhonete e, em seguida, atira contra as vĂ­timas. Algumas das pessoas tentam correr, mas são atingidas fora do bar.

Após a execução, os homens roubaram o dinheiro que estava em uma das mesas de sinuca, além de outros objetos do bar. Eles fugiram em uma caminhonete que estava estacionada em frente ao local.

Além dos suspeitos, nove pessoas estavam no local. Seis morreram no bar e um homem foi socorrido em estado grave pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu.

Edgar tinha registro como CAC, grupo formado por caçadores esportivos, atiradores e colecionadores. O Exército cancelou o certificado dele, após o crime. A Federação de Tiro de Mato Grosso (FTMT) informou, na época, que ele foi desligado da organização por ausĂȘncia.

JĂĄ o comparsa dele, Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, morreu em confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope), durante a operação que buscava pelos autores do crime.

Cronologia do crime

  • O suspeito Edgar e a vĂ­tima GetĂșlio combinaram, dias antes, de jogar sinuca, a dinheiro, no bar onde o crime aconteceu.
  • Na manhã de 21 de fevereiro, os dois iniciaram as apostas. Edgar perdeu cerca de R$ 4 mil e foi para casa.
  • GetĂșlio continuou no bar, junto com a esposa e a filha, onde almoçaram e ficaram conversando com amigos.
  • Durante a tarde, Edgar voltou na companhia de Ezequias e desafiaram GetĂșlio novamente.
  • O clima no local era tranquilo e não houve discussão ou qualquer outra desavença, segundo testemunhas relataram ao delegado.
  • A dupla perdeu mais partidas para GetĂșlio. Edgar fica revoltado, joga o taco de sinuca na mesa, dĂĄ um sinal para Ezequias, que rende todas as pessoas, enquanto o comparsa pega uma espingarda no carro.
  • Ezequias dĂĄ um tiro em Bruno, dono do bar, e depois um tiro pelas costas do GetĂșlio, que cai, e recebe mais dois disparos na cabeça.
  • Enquanto isso, Edgar dispara nas outras vĂ­timas que estavam no local.
  • TrĂȘs pessoas correm para fora do bar, entre elas a adolescente. Ela e outra vĂ­tima são atingidas pelas costas. A outra pessoa é Luiz Carlos, que sobrevive.
  • Após a execução, os homens pegam o dinheiro que estĂĄ em uma das mesas de sinuca e outros objetos pelo bar e fogem em uma caminhonete que estava estacionada em frente ao local.

Fonte: Portal G1

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