Segundo o mais recente anuário estatístico divulgado pelo Ministério do Turismo, o Ceará ocupava, em 2019, a sétima posição entre as unidades federativas que mais recebiam turistas estrangeiros. Já em 2021, com o arrefecimento da crise sanitária decorrente da pandemia de covid-19, o estado terminou em quarto lugar no ranking.
Ainda de acordo com a secretária, um turista que visita o estado para praticar kite ou surfar gasta, em média, cerca de R$ 3,5 mil. "É uma quantia individual muito significativa para nossa economia. E que comprova que os investimentos feitos dão retorno. Além disso, nas localidades onde há forte presença de kitesurfistas, há mais empresários. Muitos dos esportistas que vêm em busca de um local de excelência para praticar seus esportes acabam decidindo ficar e investir no estado", acrescenta ela.
Para Yrwana, o Ceará e outros estados brasileiros se beneficiariam de uma campanha nacional que buscasse promover o país como um destino para o turismo de aventura e esportivo. Opinião compartilhada pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo. Em agosto, Freixo visitou o estado, se reuniu com agentes públicos e privados do segmento turístico e destacou o "grande potencial voltado ao turismo de experiências", sobretudo o turismo de aventura que, segundo ele, é "um grande atrativo para os turistas estrangeiros".
"Vimos todo o potencial do kitesurf, esta relação com o esporte e a recepção de um turismo estrangeiro muito forte", comentou Freixo, na ocasião, acrescentando a importância de capacitar o receptivo turístico e de ampliar a oferta de opções aos visitantes. "A gente sabe que os turistas internacionais buscam muito o turismo de experiência, a gastronomia, a cultura, e o Ceará, como um todo, junto com a capital Fortaleza são muito fortes nisso. O nosso objetivo é pensar como a gente conseguirá manter os turistas por mais tempo nesses destinos."