O produtor de vídeo, Gleik Max, estava no voo que chegou pela manhã ao Rio de Janeiro. Ao desembarcar, ele disse ter sentido um grande alívio ao pisar no Brasil. Conforme relatou, ele precisou se proteger em um bunker, estrutura fortificada construída embaixo da terra, para resistir a projéteis de guerra. Os bunkers são obrigatórios em construções israelenses, inclusive em hotéis que abrigam turistas.
"Foram dias de preocupação, embora a gente estivesse em uma área que não sofreu com bombardeios. Mas toda vez que a sirene tocava, a gente ia para o bunker. É gratificando voltar ao Brasil. Estou de volta à minha terra e muito feliz".
Gleik relatou que manteve contato permanente com a família durante toda essa situação. "Meu filho tem 4 anos. Decidi não contar para ele o que estava acontecendo. Agora que eu cheguei, vou contar, mas de forma adaptada até pela questão da idade", contou.
O produtor de vídeo disse ainda ter se sentido seguro na maior parte do tempo, mas que o clima no aeroporto o deixou tenso. "Nós tentamos comprar uma passagem para sair de Israel. Compramos para Istambul e depois para Bucareste. As duas foram canceladas quando estávamos no aeroporto. E estava aquela correria, ficava pensando: 'será que vai explodir alguma coisa aqui?'. Naquele momento, senti que estava em um país em guerra".
Confira as imagens da chegada do primeiro voo com repatriados ao Brasil.