O adolescente que abriu fogo na terça-feira (24) em uma escola do ensino fundamental de Uvalde, no estado americano do Texas, matando 19 crianças e dois adultos, havia acabado de atirar em sua avó na mesma cidade. As informações são de autoridades locais, que dizem desconhecer ainda a motivação do agressor.
O atirador, um cidadão americano, era aluno da escola preparatória de Uvalde, segundo o governador do Texas, Greg Abbott. Antes de cometer o massacre, ele teria "atirado em sua avó", continuou Abbott.
Segundo um político local, a avó do atirador foi transferida para um hospital em San Antonio. O Hospital Universitário de San Antonio confirmou a internação de uma mulher de 66 anos "em estado crítico" após ser baleada, mas não informou sua identidade.
Após atirar na avó, equipado com um colete à prova de balas e um rifle, segundo o sargento Erick Estrada, do Departamento de Segurança do Texas, o jovem fugiu em um carro, que abandonou perto da escola primária Robb, após sofrer um acidente.
Por volta das 11h30 no horário local, após ser encontrado pela polícia, o agressor entrou correndo na escola e abriu fogo em várias salas de aula, descreveu o sargento Estrada à rede americana de TV CNN.
Para os alunos, de 10 anos no máximo, e os professores da escola de 500 estudantes, em sua maioria de origem latina, o fim do ano letivo estava programado para esta quinta-feira (26).
O atirador matou 19 crianças e dois professores, além de ferir mais de 10 estudantes.
O agressor morreu durante uma troca de tiros com a polícia. Dois oficiais também sofreram ferimentos leves, disse o governador Abbott.
A polícia local não relatou nenhuma perseguição de veículo, o que sugere que o acidente de trânsito não foi provocado.
Segundo Pete Arredondo, comandante de polícia do Distrito Escolar de Uvalde, responsável pela investigação, o agressor agiu sozinho. Os investigadores tentam obter "informações detalhadas sobre o perfil" do assassino, "sua motivação, o tipo de arma usada e se ele tinha permissão para possuí-las", disse Greg Abbott.
Nas redes sociais, o nome do jovem estava associado a uma conta do Instagram, que foi apagada após o massacre. O perfil na rede social tinha fotos como dois autorretratos em preto e branco, onde ele aparecia com uma jaqueta com capuz e cabelo até a nuca, e a foto de um carregador de rifles. Outra foto mostrava dois rifles semiautomáticos.