A Polícia Civil representou pela conversão em prisão preventiva de quatro criminosos detidos em flagrante, nesta segunda-feira (23.10), no momento em que torturavam uma vítima em VĂĄrzea Grande. O grupo foi autuado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa pelos crimes de homicídio tentado (qualificado por motivo torpe, mediante crueldade e recurso que impossibilitou a defesa) e integração de organização criminosa.
Na manhã de segunda, a equipe da DHPP recebeu denúncia de que uma pessoa estava sendo açoitada no bairro Parque Atlântico, onde era possível ouvir os gritos e pedido de socorro da vítima. Em diligĂȘncias ao local, os policiais da unidade especializada avistaram uma bicicleta caída às margens de um matagal e mais adentro estava uma pessoa caída, com as mãos amarradas para trĂĄs, sendo agredida por seis homens com pedaços de madeira. Quatro criminosos foram detidos no ato e outros dois conseguiram fugir para dentro da mata.
A vítima estava desorientada, falando palavras desconexas, bastante fraca e não conseguira ficar de pé e foi encaminhada ao atendimento hospitalar de urgĂȘncia, com inúmeros ferimentos, principalmente nas costas.
No local foram apreendidas ripas de madeira, cabo de enxada e quase sete metros de fio condutor de energia com o qual amarraram a vítima. Com os autores do crime também foram apreendidos celulares.
Um dos autores dos crimes, K.C.V.D.C. é reincidente e estava com monitoramento por tornozeleira eletrônica por roubo e trĂĄfico de drogas. Outro criminoso, A.R.S. tinha um mandado de prisão em aberto por roubo, que foi cumprido.
Ouvida posteriormente, a vítima contou que estava em uma borracharia na manhã de segunda-feira quando chegaram duas pessoas e a apontaram como autor de um furto de bateria de caminhão e obrigaram a acompanhĂĄ-los. A vítima, sem alternativa, seguiu os suspeitos até a região de matagal no bairro, onde começaram as agressões. Depois chegaram ao local outro criminoso que amarrou a vítima com os fio de eletricidade e mais trĂȘs que continuaram com a sessão de espancamentos. Durante as agressões, o grupo ligou para uma pessoa externa pedindo autorização para executar a vítima.
"É importante ressaltar que não fosse a rĂĄpida ação da equipe da DHPP tão logo recebida a denúncia, infelizmente teríamos atendido a mais um local de homicídio", pontuou o delegado Caio Fernando Albuquerque na representação encaminhada ao Poder JudiciĂĄrio pela conversão do flagrante em prisão preventiva dos envolvidos.