O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) denunciou, nesta quinta-feira (23), dois bombeiros envolvidos na morte de Lucas Veloso, durante um treinamento do Corpo de Bombeiros, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, em fevereiro deste ano. O órgão pede indenização de mais de R$ 1 milhão em danos causados para os familiares da vítima.
Lucas era natural de Goiás e, quando morreu, realizava uma instrução de salvamento dentro d"água. O exame de necropsia apontou que a vítima morreu afogada.
Segundo a denúncia, o capitão Daniel Alves de Moura e Silva comandava a atividade prática de instrução de salvamento aquático e o Soldado Kayk Gomes dos Santos atuava como monitor. A atividade consistia nos alunos correrem por um quilômetro para depois atravessarem a Lagoa Trevisan.
O Corpo de Bombeiros não quis se manifestar sobre a denúncia.
Jovem desapareceu na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. — Foto: Léo Zamignani
No dia 27 de fevereiro, Lucas morreu enquanto participava de um treinamento para se tornar soldado do Corpo de Bombeiros, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. Lucas era natural de Goiás e, quando morreu, realizava uma instrução de salvamento dentro d"água. O exame de necropsia apontou que a vítima morreu afogada.
Na época, foi confirmado pelos próprios bombeiros que o jovem foi socorrido pelas pessoas que acompanhavam o treinamento e levado a um hospital particular da capital, no entanto, não resistiu e morreu na unidade de saúde.
Inicialmente, o delegado da Polícia Civil, Nilson Farias, disse que Lucas chegou a passar mal na lagoa. Porém, prints de conversas em grupos de WhatsApp entre alunos do curso sugeriram que Lucas levou um 'caldo' - expressão popular utilizada para se referir quando a pessoa mergulha contra a vontade.
Na conversa, alguns dos alunos contam que estavam presentes no momento da morte de Lucas e que viram o que aconteceu.
Prints de conversas entre colegas de curso de bombeiros — Foto: Reprodução
Em março, o Governo de Mato Grosso assinou um decreto que prevê obrigatoriedade de gravação de treinamentos do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar no estado. A informação foi confirmada pela assessoria do governador Mauro Mendes (União).
Fonte: Portal G1