As negociações para a venda dos vagões do Veículo Leve sobre os Trilhos (VLT) de Mato Grosso para o estado da Bahia chegaram ao fim nesta quarta-feira (19) e os transportes foram vendidos por R$ 793,7 milhões, que serão pagos pela Bahia em quatro parcelas anuais.
De acordo com o governo de MT, esse valor é suficiente para terminar as obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) e comprar os veículos.
As obras do projeto de implantação do VLT custaram mais de R$ 1 bilhão para os cofres públicos do estado, à época da Copa do Mundo de 2014, quando era para ter sido entregue.
O acordo foi mediado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em comissão formada pelo presidente Bruno Dantas, e contou com representantes dos poderes executivos e dos Tribunais de Contas dos Estados de Mato Grosso e da Bahia.
A primeira parcela será paga até 31 de dezembro deste ano e as demais na mesma data de cada ano, até 2027. Todas as parcelas serão corrigidas pelo IPCA-E, a partir da data da assinatura do acordo.
O governo de Mato Grosso explicou que em até cinco meses os vagões começarão a ser transportados pela Bahia até a cidade de Hortolândia, em São Paulo, onde passarão por um processo de restabelecimento técnico para retomarem a capacidade operacional.
Obras BRT, Várzea Grande (MT) — Foto: Prefeitura de Várzea Grande (MT)
O VLT foi projetado para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e foi marcado pela corrupção e entraves judiciais. A obra previa 22 quilômetros de extensão entre Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital.
Em dezembro de 2014, as obras foram interrompidas. Em 2018, o governo do estado rompeu o contrato com o consórcio VLT e, depois, decidiu substituir o modal pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).
Já em dezembro de 2022, o governo começou a retirar as estruturas que serviriam de suporte para o VLT em Várzea Grande.
Fonte: Portal G1