"É muito importante a realização da testagem para as hepatites virais, pois a hepatite tem cura quando diagnosticada e tratada a tempo, reduzindo o risco de progressão da doença, suas complicações, agravos e morte. O tratamento é disponibilizado pelo SUS, inclusive as medicações, vacinas", destacou.
A médica infectologista do ambulatório do Cermac, Zamara Brandão Ribeiro, explicou sobre as hepatites crônicas e não crônicas e como elas afetam o organismo.
"O nome hepatite já remete a alguma inflamação do fígado e existem algumas viroses que causam esse dano. Neste caso, as hepatites virais podem cronificar ou não cronificar. A hepatite "A" é um exemplo que não cronifica, geralmente acomete crianças por meio de água e alimentos contaminados e não requer tratamento médico", acrescentou.
A especialista também esclareceu sobre as hepatites que podem se tornar crônicas, como as hepatites B e C.
"As hepatites que cronificam são aquelas que não se curam sozinhas. Uma vez que o vírus entra em contato com o corpo e inflama o fígado, ele pode ficar por anos causando danos ao organismo sem apresentar sintomas, até chegar a um quadro de cirrose ou mesmo de câncer", detalhou a médica.
Prevenção
Para prevenir a hepatite A, é essencial a vacinação, higienização das mãos e alimentos, além do consumo de água de fontes confiáveis.
As hepatites B e C são transmitidas da mesma forma que outras ISTs, como sexo sem preservativo, realização de tatuagens ou procedimentos dentários e estéticos sem o uso de material esterilizado, e uso compartilhado de agulhas para esteroides ou drogas.
Recomenda-se o uso de preservativos em todas as relações sexuais, evitar o compartilhamento de agulhas e objetos perfurantes, e sempre utilizar serviços de profissionais que seguem as normas da vigilância sanitária. Para a hepatite B, a vacinação também é recomendada.