Câmara pede afastamento de secretário de Infraestrutura de Rondonópolis após fala polêmica

A Câmara Municipal de Rondonópolis aprovou em Sessão Ordinária, realizada na última quarta-feira (31), o pedido de afastamento imediato do secretário municipal de infraestrutura, Dhyogo Parreira Gonçalves. O pedido foi aprovado com 15 votos favoráveis após fala polêmica do secretário sobre a tramitação de um projeto de lei.

O documento aprovado pelo Legislativo também requer a abertura de Procedimento Disciplinar do servidor, com base no artigo 163 da Lei 1752/90 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos de Rondonópolis) e solicita o comparecimento do secretário na próxima sessão ordinária de 07 de agosto de 2024 para esclarecer os fatos e demais assuntos de interesse da Câmara Municipal.

Foi compartilhado por meio das redes sociais um áudio onde o secretário diz que a Câmara Municipal estaria "barrando" os projetos do prefeito José Carlos do Pátio. Segundo a Câmara, o áudio autoria do secretário continha a seguinte mensagem:

"Olha Flávia, eu acho que você não entendeu o que ele (prefeito), quis dizer aí, tá? é que é a Câmara que não tá aprovando os projetos. É a Câmara que tá barrando ele (prefeito). Ele quer fazer, mandou fazer, foi aprovado o aditivo, só que pra fazer, precisa de recurso. E o recurso tem que passar pela Câmara e os vereadores não tão votando. Entendeu? Eu acho que você não entendeu aí. Vocês têm que ir lá pra Câmara. Junta o pessoal de vocês aí, vai lá pra Câmara entendeu. Porque fazer igual vocês fizeram aqui, vieram aqui atrás do prefeito, o prefeito atendeu, agora é a vez de vocês irem lá na Câmara entendeu? O prefeito atendeu, agora é a vez de vocês irem lá na Câmara, entendeu?"

Segundo informações, a mensagem de WhatsApp foi enviada pelo secretário municipal de Infraestrutura a uma munícipe se referindo ao projeto 389/2024, que foi protocolado na Câmara no dia 17 de julho, às 13h41, sob número de protocolo 3061/2024. O projeto visa autorizar o Poder Executivo a contratar uma operação de crédito com o Banco do Brasil no valor de R$ 300 milhões.

Vereadores alegam que o projeto não apresentava detalhamento das obras que eventualmente seriam comtempladas com o recurso e que por isso foi retirado do expediente. Após a retirada, o secretário Dhyogo Parreira Gonçalves teria disseminado falsas notícias aos moradores do bairro Lili Garcia, que pretendiam ser contemplados com o asfalto no bairro por meio dos recursos.

O requerimento aprovado não impede que a Câmara Municipal adote outras medidas a fim de apurar os fatos.